A 5° edição da Campus Party no Brasil promoveu na semana passada um encontro entre professores, o secretário de educação da cidade de São Paulo, Alexandre Schneider, e a cineasta Laís Bodanzky para compartilhar suas experiências e sugestões sobre como é possível utilizar a tecnologia em favor da educação.
Schneider afirmou que, nas salas de aula das escolas públicas, “o recurso é usado com cautela” e ressaltou que “o mais importante é o aprendizado e não o processo pelo qual ele acontece”. Segundo ele, o objetivo “não é correr atrás de tecnologia, mas sim usar aquilo que se tem disponível”.
Ele contou que projetos de educomunicação têm se mostrado bem sucedidos. Neles os alunos utilizam ferramentas para produzir conteúdos como vídeos, blogs e programas de rádio, com orientação dos professores em sala de aula.
“É possível desenvolver métodos com uso de tecnologias aproveitando a estrutura que os alunos têm”, afirmou o professor Suintila Pedreira, criador de um aplicativo que pode ser transmitido via Bluetooth (sem precisar, portanto, de acesso à internet), e que vem sendo utilizado para orientar atividades em que os alunos fazem experimentos de física fora da sala de aula.
O professor, que leciona para alunos do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Campo Grande (MS), afirma que precisava lidar com dois problemas: ministrar uma das matérias que mais reprova alunos e para um público que se divide entre estudar e trabalhar.
“O cinema promove uma identificação entre o personagem e o telespectador”. Foi com está observação que a cineasta Laís Bodanzky argumentou que o audiovisual pode ser uma potencial ferramenta educativa. Ela explica que “a produção do jovem é sempre um autorretrato e, com isso, ele aprende a construir narrativas, buscando compreender quem ele é”.
“Mobilidade digital e educação. A escola para além de seus muros” foi uma das atividades que integrou o Educaparty, espaço reservado para discussão sobre tecnologia e educação.
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