quarta-feira, 30 de maio de 2012

Progresso na alfabetização está ligado à história familiar dos alunos


Breve chega o dia que o seu bebê começa andar, falar e entender o mundo. Porém, será que existe idade certa para aprender a ler e escrever? O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou em fevereiro que em breve será lançado o programa "Alfabetização na Idade Certa", com monitores para acompanhar as escolas, formação continuada de professores no processo de preparação para alfabetização e até bônus em dinheiro para as instituições da rede pública que atingirem metas de alfabetização de crianças com idade até oito anos. Segundo o ministro, é muito mais barato aprimorar as condições para as escolas alfabetizarem na idade certa do que tentar recuperar os alunos que não aprenderam a ler ou escrever. Especialistas, porém, afirmam que aprender a ler e a escrever não tem, necessariamente, a ver com a idade.

O aprendizado mais lento ou mais rápido está relacionado, na maioria dos casos, com a história familiar das crianças e com o contexto socio-histórico em que vivem. A professora Maria do Rosário Longo Mortatti, livre-docente em Metodologia da Alfabetização, professora titular da Universidade Estadual Paulista (UNESP/Campus de Marília) e presidente da Comissão Provisória para a criação da Sociedade Brasileira de Alfabetização, diz que a denominação do novo programa  pode ser adequada no sentido de despertar a atenção para a necessidade de enfrentarmos os graves problemas atuais da alfabetização de crianças no Brasil, mas questiona se  há um idade certa para que uma criança, um jovem ou um adulto se sintam "chamados" por si mesmos, para aprender a ler e escrever, buscando satisfazer necessidades humanas de conhecimento, informação e fantasia. 


"Estudos científicos já concluíram que o aprendizado inicial da leitura e da escrita não tem relação direta com quociente de inteligência (QI), ou com faixa etária, ou idade escolar, ou processo de escolarização. Nem se reduz ao aprendizado da técnica da escrita. Concluíram, também, que o aprendizado da leitura e da escrita depende, sobretudo, das condições sócio-históricas nas quais o sujeito está imerso. Crianças que vivem em ambiente letrado compreendem a importância das atividades humanas de ler e escrever de forma diferente daquelas que vivem em ambientes onde essas atividades não fazem parte, de fato, da vida das pessoas. Esses aspectos interferem também no processo de ensino e aprendizagem. Para muitas crianças brasileiras, aprender a ler e a escrever talvez signifique mais uma obrigação, uma imposição ou um sofrimento do que uma conquista prazerosa e emancipatória. Mas a escola, por razões políticas e econômicas, não pode esperar pelo tempo de que cada criança possa precisar para superar dificuldades como essas. Realmente, é caro para o Estado e para as famílias manter os alunos na escola, sem o sucesso esperado e no tempo previsto.” ressalta a professora.

De acordo com a professora Margareth Brainer, mestre em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutoranda na Faculdade de Educação da UFRJ, sete anos é a idade convencionada no Brasil e em outros países para que a criança já tenha aprendido a ler e escrever textos curtos. Todo o esforço nos primeiros anos de alfabetização é feito para que nessa idade os pequenos já tenham desenvolvido as habilidades básicas. Mas, saindo da convenção e partindo para a realidade, nem sempre é isso o que acontece.


“Existem diretrizes definidas pelo Governo Federal, a partir das quais são elaboradas as propostas curriculares das secretarias de Educação. As diretrizes são da década de 90, mas costumam ser atualizadas e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) dá autonomia para que as escolas estabeleçam suas normas. Em relação a documentos nesse sentido, estamos bem servidos. O problema é que o rendimento dos alunos está longe do esperado. O que notamos é que nas boas escolas particulares, o rendimento na leitura e na escrita é melhor. Ou seja, isso está vinculado à realidade socioeconômica do aluno. Se a criança não vem de uma cultura letrada, se não tem acesso a livros em casa, a escola precisa dar esse suporte, investindo diariamente em atividades de leitura e escrita”, ressalta a professora.
Maria do Rosário aponta, ainda, o perigo da proliferação e banalização dos diagnósticos das crianças com dificuldades para aprender a ler e escrever, que podem confundir com patologias os diferentes tempos de que cada criança necessita para esse aprendizado.

“Se existem tantas iniciativas e tantos programas para melhorar a qualidade da educação e da alfabetização no Brasil e, mesmo assim, tantos problemas persistem, corre-se o risco de transferir, indevidamente, para as crianças a responsabilidade por seu ‘fracasso’. Considerando a quantidade de crianças brasileiras com dificuldades na alfabetização, tratar generalizadamente essas dificuldades como patologias induz a conclusões no mínimo inquietantes, tal como a de que o Brasil é um país doente. Ora, a criança que não sabe ler ou escrever nos anos iniciais do ensino fundamental não é analfabeta nem doente, necessariamente. Ela só não aprendeu, ainda. Está na escola por esse motivo e espera que o professor lhe ensine. É preciso levar em consideração, principalmente, o tempo do desejo de aprender a ler e do sentido que as crianças podem aprender a atribuir a essas atividades humanas. Penso que questões centrais como essas ainda não foram devida e corajosamente abordadas nos debates e nas políticas públicas de alfabetização no Brasil”, completa.

Estado do Ceará avança na luta contra a erradicação do analfabetismo
O projeto de incentivo à alfabetização que o MEC deve lançar em breve tem um  precursor no Ceará. Desde 2007, o Governo do Estado, em parceria com os municípios locais, desenvolve o Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC). A ideia surgiu a partir de uma pesquisa realizada em 2004 pela Assembleia Legislativa, com o objetivo de descobrir se as crianças estavam alfabetizadas. Cerca de 8000 estudantes foram avaliadas em 40 municípios e o resultado foi negativo: somente 15% dos alunos sabia ler e compreender, e só 3% conseguia ler, compreender e escrever pequenos textos. De acordo com Márcia Campos, coordenadora de Cooperação com os Municípios da Secretaria da Educação do Ceará, a partir dos dados analisados foi montada uma força-tarefa para tentar reverter o panorama negativo, e o esforço deu certo.

“Começamos a realizar encontros para discutir gestão escolar e acompanhar de perto o desempenho das crianças. Investimos também em formação continuada para os professores e distribuímos material pedagógico para as escolas. As iniciativas deram resultado: atualmente, 81% de nossas crianças têm níveis suficientes de alfabetismo. Isso mostra que é possível obter grandes transformações na educação em pouco tempo. A experiência é inspiradora, tanto que o MEC vai lançar o programa em nível nacional, o que é gratificante para nós”, ressalta a coordenadora.
 


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terça-feira, 29 de maio de 2012

Escolas de tempo integral realizam 21 tipos de atividades complementares


As escolas brasileiras de tempo integral realizaram, em média, 21 tipos de atividades complementares no contraturno das aulas, entre 2010 e 2011, de acordo com o último Censo Escolar, divulgado no mês passado. Entre as principais atividades estão aulas de reforço, capoeira, teatro, música, futebol, banda de fanfarra, alfabetização e letramento.
As atividades oferecidas pelo Mais Educação, programa de educação integral do Ministério da Educação – MEC, são as mais populares nas escolas de tempo integral, reunindo 772 mil alunos.  Em seguida vêm as aulas de reforço de Matemática, com quase 700 mil matrículas.
Apesar da ampla gama de atividades complementares, especialistas em Educação avaliam que não basta ampliar o tempo da criança na escola, se isso não fizer sentido para a vida dela.  “O modelo pedagógico deve ser discutido. Não é só dar atividade no contraturno. O currículo deve ser integrado e o tempo deve ser utilizado para oferecer uma educação para valores”, observa o presidente do Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação – ICE Brasil, Marcos Magalhães.
Ele ressalta, ainda, que essa noção parte do princípio de que aumentar a exposição do aluno a diferentes tipos de conhecimento tem impacto positivo na sua formação escolar e humana. “O Brasil está atrasado nesse aspecto. Na Europa e nos Estados Unidos, as crianças passam mais de 7 horas na escola há décadas. Para se ter uma educação de qualidade, é fundamental que a criança passe mais tempo na escola”, afirma Magalhães.
A superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária – Cenpec, Anna Helena Altenfelder, concorda. “A intencionalidade pedagógica da jornada ampliada deve gerar uma nova aprendizagem para este aluno. São novas oportunidades educativas que geram conhecimento que são direito da criança”, diz.
Ensino médio
O debate em torno da educação integral, que ficava muito restrito ao ensino fundamental, começa a ser ampliado. Isso porque algumas redes passaram a investir na jornada ampliada também para o ensino médio, como é o caso do Estado de São Paulo, que implantou neste ano 16 escolas integrais, que atendem 5 mil alunos.
Nessas unidades, os professores trabalham com dedicação exclusiva. A escolha das atividades – divididas em eletivas e obrigatórias – é feita pelos alunos, tendo em vista seus projetos de vida, elaborados em uma atividade anterior.
“O ensino médio é um desafio para todo mundo. A discussão dos objetivos dessa etapa de ensino ocorre no mundo inteiro, porque o jovem não se identifica e não se sente atraído por ela”, avalia a coordenadora doPrograma Educação: Compromisso de São Paulo, Valéria Souza. “A escola vai formar um novo cidadão pelo protagonismo que esse estudante vai ter na jornada extra”, conclui Souza.
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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Ensinando com a web


Matemática
  • Matemática na Veia - Blog com textos biográficos, novas abordagens de assuntos matemáticos e exercícios.
  • Matemática Hoje é Feita Assim - Site com artigos e entrevistas com professores. Inclui metodologias de ensino, jogos e exercícios.
  • Matemática na Net - Jogos, exercícios para todas as idades, proposições curiosas, artigos e extensa lista de links para outros sites sobre Matemática.
  • Só Matemática - Exercícios, desafios matemáticos, jogos, dicionário matemático e foruns. Para acessar o conteúdo é preciso se registrar gratuitamente.
  • UOL Educaçao Matemática - Arquivo com conceitos básicos da matemática, testes, desafios e material para revisão da matéria.
Português
  • Academia - Site da Academia Brasileira de Letras, traz vocabulário ortográfico, com busca inclusive para palavras estrangeiras, responde a perguntas e mais.
  • Só Português - Com cadastro gratuito, oferece exercícios, material didático e grupo de discussão.
  • Conversa de Português - Blog com artigos, exemplos de charges e poesias, bom material didático em um layout simples e bem organizado.
  • Brasil Escola - Artigos simples e bem escritos para usar como apoio em sala de aula.
  • Sua Língua - O professor Cláudio Moreno coloca em seu site muitos exemplos e artigos bem escritos e bem humorados, bom material didático.
  • Professor Juscelino - Blog atualizado com exercícios, curiosidades e artigos sobre gramática, literatura e redação, além de análises de canções da MPB.
Ciências
  • Literatura e Ciências - Site que relaciona o ensino da ciência com literatura infantil.
  • Feira de Ciências - Exercícios e artigos variados sobre o ensino de ciências, além de grupo de discussão.
  • Átomo e Meio - Blog com textos e charges da atualidade, com discussão de temas e material que pode ser usado em sala de aula feito por um professor de Ciências.
  • CiênciaTube - Blog que reúne vídeos online sobre Ciências, com explicações e experiências.
  • Brincando com Ciência - Site do Observatório Nacional para crianças, com curiosidades, jogos e experiências para usar em sala de aula. 
Geografia
  • Portal do Meio Ambiente - Atualidades, artigos variados sobre Geografia e seção infantil com jogos, como o "ABC das mudanças climáticas", mapas e recursos multimídia.
  • Brasil Channel - Mapas detalhados de cada região do país, incluindo listagem de municípios e hinos.
  • Infoescola - Textos para material de apoio nas aulas abordando clima, questões ambientais, conflitos geográficos, entre outros temas.
  • Só Geografia - Exercícios, jogos, hinos, mapas, curiosidades e fórum de discussão. Inclui material audiovisual, ilustrações e fotos.
  • UOL Educação Geografia - Arquivo com mapas, artigos sobre relevo e clima, listagem de bandeiras, textos sobre meio ambiente, entre outros temas da Geografia do Ensino Fundamental.
História
  • Historianet - Artigos divididos em períodos históricos, indicação de filmes, livros, muitos mapas e ilustrações, seção de atualidades, biografia de grandes personalidades da História.
  • História Julia - Mapas, fluxogramas e exercícios para complementar as aulas de História.
  • Só História - Reúne exercícios, jogos, atualidades, mapas históricos, artigos e curiosidades.
  • Só pra historiar - Site de uma professora de ensino fundamental com charges, links e textos didáticos.
  • Nave da História - Blog com slides, vídeo e jogos para propor em sala de aula.
  • História Digital - Site de professor com artigos, vídeos sobre temas de história, dicas de jogos, músicas, curiosidades, filmes e quadrinhos para usar em salas de aula.   Fonte:   http://ivivendoeaprendendo.blogspot.com.br
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sábado, 26 de maio de 2012

'O diretor é responsável pela aprendizagem'


Programa de formação em Nova York capacita gestores por um ano e meio antes de eles assumirem uma escola

Aquela visão (antiga e encrustada) de que o diretor é o responsável pela parte administrativa da escola enquanto os professores se incumbem de ensinar os alunos é um equívoco a ser combatido. "O diretor deve sentar com os seus docentes para estabelecer metas sobre o que os estudantes vão aprender . Devem ser educadores visionários e apaixonados que lideram escolas onde todas as atividades tenham a meta de acelerar o aprendizado e o crescimento acadêmico", defende Irma Sardoya.
Desde 2003, a educadora está à frente da Academia de Lideranças de Nova York, instituição que já formou 1.600 diretores, a maioria com atuação em áreas de vulnerabilidade social. A seguir, Irma explica como funciona essa capacitação que inclui curso de formação inicial, um ano de residência e programa de mentoria.
O que motivou a criação da academia?
Há nove anos, o prefeito e o secretário de educação perceberam que havia muitos diretores da cidade que se aposentariam em breve e que não havia um grupo de novos profissionais capacitados para as vagas. Dessa necessidade, várias fundações e empresas se uniram e criaram um fundo para abrir a Academia de Liderança. Nascemos, portanto, com o objetivo fixo de recrutar, capacitar e providenciar a colocação desses novos diretores.
E já havia o perfil do diretor ideal a ser buscado?
Sim. Partimos do pressuposto de que a pessoa não deve aprender apenas a cuidar dos aspectos administrativos, mas também conhecer métodos didáticos, estar apta a ajudar os professores a melhorar suas aulas e saber como desenvolver um currículo. Porque para ser um diretor, é preciso saber o que é ser um bom professor e conhecer as noções básicas de como ensinar alunos Por isso, já selecionamos candidatos com essa vontade de aprender.
Era uma condïção?
Era. Além de ter habilidade em lidar com as pessoas, se expressar bem, saber gerir seu próprio tempo, ter o hábito de dar retorno sobre a execução de uma tarefa e estar aberto a ter o trabalho avaliado e, se necessário, rever suas ações. Verificamos isso em textos e dinâmicas. Por fim, a última parte da seleção é uma entrevista sobre didática.
Por que eles já são professores, não é?
Exatamente. Por uma exigência estadual, precisam ter no mínimo três anos de experiência em sala de aula. É assim que podemos ter uma ideia do que eles sabem, de quem são, se são apaixonados, se querem efetivamente fazer os alunos aprenderem. Também vemos os que não se importam em trabalhar em um lugar em que a situação não seja tão boa assim, e, pelo contrário, demonstram interesse nas escolas mais difíceis. Isso é visto logo, porque não se pode convencê-los a fazer depois de já terem sido selecionados.
Passado o filtro, como funciona exatamente essa capacitação?
A primeira fase é um curso de verão de seis semanas onde nós os treinamos em um cenário que simula uma escola e onde ele deve resolver problemas, tomar decisões e ajudar seus alunos a melhorarem seu desempenho. Sempre trabalhando em equipe. Nós os forçamos a trabalhar em equipe porque assim, ao irem para a escola, vão privilegiar o trabalho conjunto dos professores e farão questão de trabalhar em parceria com os docentes. Porque lá na frente, se ele verificar que os alunos estão indo mal em matemática, precisa trabalhar com os docentes de matemática para melhorar os resultados. Afinal, tanto ele como o professor são responsáveis pelo aprendizado de cada estudante.
Ao final desse tempo, ele se torna um diretor aspirante, mas não assume uma escola. É isso?
Isso. Segue para um ano de residência em uma escola gerida por um diretor mentor selecionado e treinado pela academia. Esse mentor sabe os pontos fortes e fracos do aspirante, a quais situações ele deve ser exposto e os aspectos que precisa desenvolver. Então, de várias formas durante o ano, o aspirante não só observa como o diretor mentor trabalha, mas tem a oportunidade de assumir certas responsabilidades para se posicionar, tomar decisões, trabalhar com os professores, ir para a sala de aula, obter retorno etc. É só no fim dessa residência que ele obtém a qualificação para assumir uma escola. E mesmo assim não é sozinho. Em seu primeiro ano de trabalho, um treinador vai acompanhar seu desenvolvimento nos pontos que ambos acreditam que ainda possam ser melhorados.
E quem paga por isso?
O Departamento de Educação da Cidade de Nova York. Grande parte da verba que tínhamos nos primeiros anos acabou. Agora a prefeitura precisa pagar por todos os gastos. Por isso, querem ter certeza de que nós estamos gerando bons líderes para o sistema.
É possível mensurar os impactos no rendimentos dos alunos?
Há um estudo da Universidade de Nova York que mapeou os diretores formados pela academia com outros novos diretores que começaram a trabalhar na mesma época. A constatação foi que as escolas com baixo desempenho que foram assumidas por nossos ex-alunos conseguiam obter melhores resultados em artes em língua inglesa. Em matemática, diminuiu muito a lacuna de aproveitamento que havia entre essas escolas carentes, com professores mais inexperientes e que foram assunidas por nossos ex-alunos, e as que historicamente tinham resultados melhores por estarem em regiões mais favorecidas. Deu tão certo, que, neste momento, um em cada seis diretores da Cidade de Nova York é um ex-aluno da academia.
E a satisfação dos diretores?
O índice de satisfação do treinamento que fazemos com os diretores no primeiro ano deles é bastante alto. Está na casa dos 90% de aprovação.
Há alguma parte do trabalho que vocês desenvolveram que é ministrada a distância?
Apenas em outras cidades, distritos e estados. Quando trabalhamos com o estado do Missouri, desenvolvemos módulos de treinamento on-line porque eles tinham treinadores que trabalhavam com novos diretores de escola, mas queriam ofercer capacitação para esses seus treinadores. Mas estamos pensando no que mais poderíamos fazer para desenvolver o ensino a distância.
No Brasil, a situação mais comum é oferecer capacitação aos diretores depois que já foram selecionados, seja por concurso, eleição ou indicação. O que você acha disso?
Respondo com uma pergunta: quando essas pessoas são selecionadas, seja de que forma for, como se sabe que elas serão capazes de realizar o trabalho? Como saber se estão preparadas para dirigir uma escola?
13%
foi a taxa de reprovação no ensino médio, entre escolas públicas e privadas, em 2011. Um aumento de 5% em relação a 2010
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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Comissão aprova giz antialérgico obrigatório em escolas


A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta de lei que torna obrigatório o uso de giz antialérgico nas escolas - públicas e privadas - do País. A proposta é do deputado Marco Tebaldi (PSDB-SC).
"Esse tipo de produto, por ser revestido de camada plástica, protege as mãos de quem o utiliza e evita que o pó se espalhe. Além de ser mais saudável, o giz antialérgico é muito macio, rende mais e quebra menos, o que torna sua utilização economicamente vantajosa, mesmo levando em conta seu custo um pouco mais elevado", diz o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ), relator do projeto.
As escolas que não usam quadro de giz - mas sim quadro branco e canetas - não são obrigadas a comprar o equipamento. O projeto tramita de forma conclusiva (não passará por votação no Plenário, a não ser que pelo menos 51 deputados peçam a votação) e vai para as comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Professor precisa abrir a cabeça, diz educador português José Pacheco



Depois de já ter revolucionado os moldes tradicionais de ensino na Escola da Ponte, o professor português José Pacheco, hoje um estudioso da realidade brasileira, aposta na mudança de mentalidade dos professores e no apoio dos governos para haver inovação em educação. Segundo o educador, é preciso que as iniciativas isoladas que ele tem visto pelo país sejam registradas, avaliadas e incentivadas para não serem perdidas. Mais que isso: os professores devem se dispor a mudar para adotar uma postura mais descentralizada, aberta à reflexão, ao diálogo e à diversidade.
Pacheco se tornou mundialmente conhecido por transformar uma escola pública portuguesa, a Ponte, com uma metodologia ousada: ele acabou com turmas, salas de aula, disciplinas e passou a ensinar conforme a motivação dos alunos. Lá, são os próprios estudantes que se organizam em grupos heterogêneos para estudar os assuntos que lhes interessam, são autônomos para pesquisar, apresentar os resultados para os colegas e, quando se sentem prontos, avisam que podem ser avaliados. O educador já está aposentado, mas sua proposta pedagógica continua sendo aplicada na Ponte e é replicada em vários países, inclusive no Brasil.
Como o senhor definiria inovação em educação?
Os arquivos das universidades estão repletos de teses sobre inovação. Sendo um termo de vasto espectro semântico, eu poderia escolher uma definição qualquer e escrever aqui, mas não farei. Prefiro dizer que, no campo teórico da educação, já tudo foi inventado e que as teses são meras reproduções de teorias… Na prática, aquilo que tem sido considerado inovação não tem sido avaliado e, quase sempre, tem consistido apenas em pequenas mudanças num modelo educacional hegemônico e obsoleto. Esse modelo, dito “tradicional”, aquele em que é suposto ser possível transmitir conhecimento faliu muito tempo atrás.
Nós, brasileiros, somos um povo aberto para inovação?
Sem dúvida que a mistura genética deu origem a um povo criativo. Acompanho algumas práticas embrionárias que provam a capacidade inventiva dos professores brasileiros. São iniciativas que partem de desejos e necessidades sentidas pelos atores locais. Essas práticas (talvez inovadoras) requerem descentralização, questionamento do modelo de relação hierárquica, negociação e contrato, respeito pela diversidade. Tais projetos poderiam constituir-se em oportunidade de mudança, mas o poder criativo não encontra acolhimento junto daqueles a quem compete gerir o sistema. Urge inovar, mas como pode acontecer inovação, se quem decide não tem consciência dessa necessidade?
O que de mais inovador o senhor tem visto pelas suas viagens pelo Brasil?
Tenho visto o trabalho discreto de muitos professores. Um trabalho que talvez mereça ser considerado inovador, mas que, por não ser apoiado pelo poder público, nem avaliado, se perde, quando os professores desistem de querer mudar as escolas, quando desistem de fazer das crianças seres mais sábios e pessoas mais felizes.
Existe mais abertura hoje para projetos que desconstroem a escola tradicional, como a Escola da Ponte ou a Educação Ativa?
Existe abertura por parte de educadores atentos à tragédia educacional brasileira. Há dados que mostram que há alunos que chegam ao ensino médio analfabetos ou incapazes de fazer uma interpretação de texto.
As escolas se converteram ao mundo digital, mas mantêm e reforçam práticas de ensino obsoletas, o improviso e o imediatismo das “novas” práticas faz prosperar o insucesso. Urge instituir novas e autonômicas formas de organização das escolas, mas também recuperar práticas antigas, sem a tentação de clonar a escola da Ponte ou adotar modismos.
Há muitos educadores com um estatuto social degradado, mal remunerados, mas que não desistem de desconstruir o modelo tradicional, de tentar melhorar, melhorando a escola. Eles sabem que o Brasil progredirá através da educação. Mas não aquela educação de que é feita a retórica de político…
Onde estão as principais barreiras para inovar? Nas escolas, entre professores, governantes, pais ou alunos?
A mudança em educação é um processo complexo e moroso: para grandes metas, pequenos passos. Urge buscar uma escola do conhecimento e abandonar um ensino meramente transmissivo, fomentar a organização do acesso à informação e a aprendizagem do uso do conhecimento.
A mudança das instituições passa pela transformação das pessoas que as mantêm. Estabeleça-se uma práxis pautada numa ética da responsabilidade e numa relação dialógica. Que se recuse ideias feitas e se escape à síndrome do pensamento único.
A formação dos professores é deficiente. As escolas são geridas numa racionalidade administrativa e burocrática. Mas o principal obstáculo é o professor, quando assume que o ato de educar é um ato solitário, quando recusa reelaborar a sua cultura pessoal e profissional, no exercício da convivencialidade.
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Professor está sobrecarregado com tarefas que são dos pais, diz educador


Marcos Meier dará palestra na Feira Educar, que abre nesta quarta em SP.
Para ele, tecnologia mal utilizada não ajuda em nada a educação.

A relação entre família, sociedade e escola é o tema da edição deste ano da Feira Educar Educador, que começa nesta quarta-feira (16), no Centro de Exposições Imigrantes, na Zona Sul de São Paulo. O mestre em educação Marcos Meier vai dar a palestra que sintetiza o evento: "Família, sociedade e escola: onde pretendemos chegar?". Para ele, o professor tem sido obrigado a assumir uma tarefa que é relativa aos pais na educação de crianças e adolescentes.
Ao viajar o Brasil dando palestras para professores, o mestre em educação Marcos Meier, que já foi ele mesmo professor de matemática no Paraná, se deparou com uma tendência preocupante a partir dos depoimentos dos docentes. "O professor, que antigamente tinha tempo para ensinar o currículo, hoje tem que gastar 20 minutos corrigindo a indisciplina do aluno, fazendo-o sentar, pegar o caderno... Um monte de coisas da área da educação básica das famílias não está pronta, e o professor precisa dar conta disso", afirmou.
Segundo o especialista, o acesso à informação e tecnologia nos últimos anos tem feito com que as relações se modifiquem e os adolescentes de hoje, vivendo em famílias cada vez mais ocupadas e passando horas excessivas do dia com o telefone, o computador e o videogame, não desenvolva os mecanismos de socialização necessários para o convívio pessoal.
As famílias, para Meier, não devem ser divididas em "estruturadas" e "desestruturadas" por causa de sua formação, já que o aumento no número de divórcios tem criado novas relações. Ele defende o enfoque na funcionalidade da família. "Existem famílias com papai, mamãe e filhos que sãp desfuncionais, porque os pais não dão atenção às crianças, e famílias sem o pai, mas em que a mãe faz um trabalho maravilhoso, ou os avós e tios também ajudam", explicou.
A falta de tempo dos pais, também cada vez mais conectados às tecnologias, faz com que os poucos momentos com os filhos sejam de interação, com brincadeiras, jogos e diversão, e provoca a escassez momentos de intimidade necessários para construir uma relação de qualidade entre eles. O resultado é que as crianças hoje em dia chegam às escolas cada vez mais indisciplinadas, aumentando assim a exigência dos professores para manter a autoridade.
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quarta-feira, 23 de maio de 2012

'Nossa escola não é feita para dar certo'


Isso se por "dar certo" entendermos a formação de uma pessoa com as habilidades mínimas para navegar o mundo e desenvolver seu potencial


Imagine que você trabalha em uma empresa em que os funcionários não ganham de acordo com sua competência, mas sim segundo seu tempo de casa e nível de estudo. Não há promoções, mas também só há demissão em casos de violação grotesca. Mesmo faltando repetidamente ao serviço, não alcançando sua meta ano após ano e maltratando seu cliente, você continua no posto até se aposentar. Imagine que não exista, em sua região, universidade que prepare bem para o seu emprego, de forma que você já chega ao trabalho não sabendo muito. Pior: tem gente que trabalha em área diferente daquela em que foi formada; o cara de vendas se formou em letras. Imagine que essa empresa só tenha dois cargos (funcionário e chefe) e que quase metade dos chefes tenha chegado ao cargo por indicação de um conhecido dos donos (o restante é majoritariamente eleito para a posição pelos funcionários). Imagine que os donos são muitos, que eles não costumam frequentar a empresa e que a herdaram como parte de um conglomerado, do qual a sua empresa é uma das que agregam menos valor aos donos. Imagine agora que o serviço prestado pela sua empresa é complexo e dirigido a crianças e jovens. Imagine também que essas crianças e seus pais não saibam julgar a qualidade do serviço, mas achem que está tudo bem, desde que você o empacote em uma embalagem bonita e dê aos clientes alguns brindes (uns livros, umas roupas, de repente até um laptop aos mais sortudos). A empresa consegue dar todos esses brindes; a maioria dos clientes está, portanto, satisfeita. Imagine que os clientes e seus familiares não precisem pagar diretamente pelo serviço: o pagamento vem da empresa-mãe (a que congrega todos os negócios do grupo) e é baseado na compra de outros produtos e serviços oferecidos por outras empresas do grupo.
Agora pense nesse ambiente de trabalho e responda às seguintes perguntas. Se você trabalhasse nele, estaria motivado a dar o seu melhor ou pegaria leve, esperando o contracheque no fim do mês? Como você acha que seus outros colegas de empresa se comportariam? Se lhe dessem um aumento salarial, você se esforçaria mais? Se você fosse uma pessoa carreirista, permaneceria nessa empresa? Aliás, você teria entrado nela? No caso dos chefes indicados pelos amigos dos donos, você acha que eles estariam mais preocupados em agradar aos clientes ou aos donos e seus amigos? No caso dos chefes eleitos por você e seus colegas, acha que eles comprariam briga com você para defender os interesses dos clientes ou virariam seus aliados? Presumindo que os clientes permanecessem satisfeitos e que continuassem pagando indiretamente pelo serviço, você acha que os donos se interessariam em reformar a empresa para que ela servisse melhor sua clientela, desse mais resultados? Ou será que suas prioridades seriam manter a coisa no estado em que se encontra e devotar suas energias para os outros braços do conglomerado, os que dão mais retorno?
Não sei qual o grau de sua fé na humanidade nem suas crenças na natureza humana, mas eu tendo a achar que a empresa acima seria uma balbúrdia, com profissionais desmotivados e trabalhando abaixo de sua capacidade, clientes mal atendidos, conchavos entre funcionários e chefes, donos desinteressados e pouco envolvidos. Eu acho que melhorar o salário dos funcionários não mudaria o problema. Vou além: enquanto essa estrutura de incentivos não fosse alterada, qualquer investimento numa empresa assim seria um desperdício de tempo e dinheiro. Aliás, não é uma opinião, até porque esse cenário não é hipotético nem trata de empresas. O quadro descrito retrata a maioria das escolas públicas brasileiras. Os funcionários são os professores, os chefes são os diretores de escola, os donos são a classe política, os clientes são os alunos. O resto não carece de alterações para chegar à realidade.
Aposto que você sabe que nossa educação é péssima e que esse problema é fatal para nossas possibilidades de desenvolvimento. Aposto também que você acha que esse problema não o afeta, especialmente se você põe seu filho em escola particular. Aposto que gasta mais tempo na seção de esportes do seu jornal do que naquela que cuida de educação. Se é que o seu jornal tem uma seção devotada ao assunto, já que 90% da cobertura do tema se limita a notícias sobre greves, ameaças de greve e outras reclamações salariais. E, até porque o assunto é apenas esse — dinheiro —, você acha (acha não: você tem certeza, depois de vinte ou trinta anos de leituras sobre o assunto) que o principal problema da educação brasileira é o salário dos professores. Aposto também que, dois parágrafos antes, você respondeu que aumentar o salário dos funcionários não resolveria nada, e aposto também que você gosta dos brindes (se você for mais pobre, merenda; se mais rico, lousa eletrônica ou currículo bilíngue) que a escola do seu filho dá.
Antes que os patrulheiros se arvorem, não estou querendo comparar a escola a uma empresa. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Apenas propus um exercício mental. O que espero que esse exercício tenha deixado claro é o seguinte: não é que a educação brasileira fracassa misteriosamente apesar dos melhores esforços de todos os envolvidos. Ela fracassa porque esse arranjo institucional requer a irracionalidade de todos os envolvidos, do prefeito ao professor. Nossa escola não é feita para dar certo — se por "dar certo" entendermos a formação de uma pessoa com as habilidades mínimas para navegar o mundo e desenvolver seu potencial.
Washington Alves/AE
O professor apaixonado - supera deficiências
O professor apaixonado - supera deficiências 













Não faz sentido para um professor brasileiro comprar a briga: com má formação, precisaria de um esforço hercúleo para obter grandes resultados. Mas esses resultados não lhe trariam reconhecimento, promoções, prêmios ou aumentos. Não faz sentido para o aluno brasileiro se esforçar: a aula que ele recebe é extremamente chata, a maioria dos professores não está muito preocupada com o seu aprendizado, e ele sabe que, se fizer um esforço mínimo, vai continuar sendo aprovado, mesmo sem aprender bulhufas. Não faz sentido para o diretor de escola se insurgir contra essa situação e querer mudar radicalmente o status quo. Se a sua nomeação depende de eleição dos professores, ele não vai querer exigir de seus eleitores mais trabalho e dedicação, até por não ter nada a lhes oferecer em troca. Se o diretor tiver indicação política, então, Deus o livre de qualquer incômodo: o importante é dar vida fácil a todos, carregar nos "brindes" e deixar os eleitores do seu padrinho político felizes. Não faz sentido para os pais dos alunos protestar contra o atual estado de coisas, porque a maioria deles está satisfeita com a educação que o filho recebe (em pesquisa recente do Inep, a nota média dada pelos pais de alunos da escola pública à qualidade da educação do filho foi 8,6!). E a maioria está satisfeita porque não tem condições intelectuais de avaliar o que é uma boa educação, pois é semiletrada, e nem sabe que existem avaliações oficiais sobre a qualidade do ensino do filho. Finalmente, não faz sentido para o político trabalhar para melhorar a qualidade do ensino: não há pressão por parte de alunos nem de seus pais, e há uma enorme resistência a qualquer mudança por parte dos sindicatos de professores e funcionários. Politicamente, só há custos, sem benefícios. Nenhum político racional mexe nesse vespeiro.
Há, é claro, as exceções. O professor apaixonado pelo que faz, que dá duro independentemente do salário, da carreira desanimadora, dos alunos desmotivados e dos colegas que o pressionam para se aquietar. O diretor comprometido, que se orgulha de fazer uma grande escola e seleciona profissionais que comprem essa batalha. Os alunos e seus pais que querem melhorar de vida e sabem que precisam de educação de qualidade, que lutam contra a pasmaceira. E os políticos comprometidos com a próxima geração, e não com a próxima eleição. Mas esses são minoria, e o sistema está contra eles. Enquanto a lógica do sistema não for alterada, todas as ações pontuais para melhorá-lo — da lousa eletrônica ao salário mais alto — provavelmente irão para o ralo. Acredito que o quadro só mudará quando a população passar a ver a educação brasileira como ela realmente é. Somente aí poderemos esperar a pressão popular por uma educação de qualidade, que gerará incentivo para que políticos cobrem desempenho dos funcionários do sistema. Ou seja, o problema é seu. Está esperando o que para fazer alguma coisa?
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terça-feira, 22 de maio de 2012

Crianças que recebem afeto têm cérebro maior, diz estudo


Aumento é no hipocampo, área responsável pela memória.
Pesquisa é a primeira do tipo a mostrar mudança anatômica no cérebro.

As crianças criadas com afeto têm o hipocampo -- área do cérebro encarregada da memória -- quase 10% maior que as demais, revela um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)".


A pesquisa, realizada por psiquiatras e neurocientistas da Universidade Washington de Saint Louis, nos EUA, "sugere um claro vínculo entre a criação e o tamanho do hipocampo", explica a professora de psiquiatria infantil Joan L. Luby, uma das autoras.
Para o estudo, os especialistas analisaram imagens cerebrais de crianças com idades entre 7 e 10 anos que, quando tinham entre 3 e 6 anos, foram observados em interação com algum de seus pais, quase sempre com a mãe.
Foram analisadas imagens do cérebro de 92 dessas crianças, algumas mentalmente saudáveis e outras com sintomas de depressão. As crianças saudáveis e criadas com afeto tinham o hipocampo quase 10% maior que as demais. "Ter um hipocampo quase 10% maior é uma evidência concreta do poderoso efeito da criação", ressalta Luby.
A professora defende que os pais criem os filhos com amor e cuidado, pois, segundo ela, isso "claramente tem um impacto muito grande no desenvolvimento posterior".
Durante anos, muitas pesquisas enfatizaram a importância da criação, mas quase sempre focadas em fatores psicossociais e no rendimento escolar. O trabalho publicado nesta segunda-feira, no entanto, "é o primeiro que realmente mostra uma mudança anatômica no cérebro", destaca Luby.
Embora em 95% dos casos estudados as mães biológicas tenham participado do estudo, os pesquisadores indicam que o efeito no cérebro é o mesmo se o responsável pelos cuidados da criança é o pai, os pais adotivos ou os avós.
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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Projeto de lei do reajuste dará lugar a uma medida provisória


Será convertido em medida provisória o Projeto de Lei nº 2.203/2011, que trata das carreiras de diversos órgãos da administração pública federal. Entre elas, as do magistério superior das universidades federais e dos professores do ensino básico, técnico e tecnológico vinculados aos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira, 11, pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

O projeto de lei, que tramita na Câmara dos Deputados, trata da incorporação, ao vencimento básico dos professores, das gratificações específicas do magistério superior (Gemas) e de atividade docente do ensino básico, técnico e tecnológico (Gedbt). Determina ainda o reajuste de 4% sobre a tabela de remuneração. Os efeitos da medida provisória serão retroativos a março de 2012.

As decisões do governo federal resultam das negociações salariais realizadas em 2011 com as entidades representativas dos professores, por meio do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), da Federação de Sindicatos de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica Profissional (Sinasefe).
Assessoria de Comunicação Social
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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Google lança site para ensinar alunos a pesquisarem


Se você digita uma palavra no Google, em menos de um segundo o buscador vai apresentar alguns milhares de resultados que mencionam o termo. Alguns deles, de fato, podem ajudar muito na sua busca; outros, nem tanto. Para ensinar estudantes e professores a separar o joio do trigo e ajudá-los a fazer pesquisas mais qualificadas, o Google lançou, esse mês, o site Search Education.
Ainda completamente em inglês, o site é voltado a professores interessados em ensinar estratégias de pesquisa a seus alunos ou a usuários que querem otimizar suas buscas. “Nós decidimos ensinar a pesquisar porque o Google tem uma gama de ferramentas, mas a maioria das pessoas só conhece parte delas”, diz Tasha bergsin-Michelson, educadora do Google.
Uma das seções do site é a Lessons Plans, ou planos de aula, em português. Nela, é possível encontrar os tutorias em níveis três de dificuldade que ensinam educadores com mais ou menos intimidade com o Google a pesquisar. Os vídeos dão dicas de como escolher os termos de pesquisa mais adequados, entender o resultado da busca, restringir a pesquisa para chegar a melhores resultados e até avaliar a credibilidade da fonte de informação.
A estratégia do Google de falar aos professores tem como objetivo fazer o treinamento chegar aos alunos para torná-los capazes de aprender sozinhos e de ser bons questionadores. “Nós precisamos cultivar a autonomia da aprendizagem nos nossos estudantes, para que, quando eles saírem para o mundo, depois do ensino médio, na faculdade, na carreira ou na vida, eles saibam como pesquisar e pensar criticamente”, diz Anne Arriaga, bibliotecária e membro da equipe de educadores do Google.
No Search Education, os professores encontram também uma série de sugestões para desafiar os alunos. Dividido por disciplinas como história, geografia, biologia, o Google Day Challenge propõe atividades em que os estudantes serão testados tanto no conhecimento da matéria quanto nas ferramentas do buscador. Pelo site, o professor recebe dicas de como conduzir o exercício.
As atividades específicas foram desenvolvidas a partir do currículo norte-americano e, por enquanto, não há previsão de que a ferramenta seja traduzida ou adaptada para o ensino brasileiro. Para os vídeos gerais, que falam sobre as funcionalidades do Google, no entanto, as dicas podem ser muito úteis.
O único problema é que todos os tutoriais são em inglês. Quem não domina o idioma, porém, pode recorrer à ajuda do próprio Google para decifrá-los. Ao clicar no botão CC, no parte inferior da tela, é possível selecionar a opção de ter a transcrição do áudio. Com o áudio transcrito, é só jogar o texto para ser traduzido pelo Google Tradutor.
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terça-feira, 15 de maio de 2012

Professora é demitida por ensinar demais aos seus alunos

Crianças de quatro anos já sabiam ler, somar e subtrair; caso aconteceu na Espanha


Uma professora de ensino básico da rede pública de Andorra foi demitida por "ensinar demais" os estudantes da escola d'Escaldes-Engordany. Os alunos, de quatro anos, já sabiam ler, fazer contas de soma e subtração e estavam começando a escrever.

Segundo informações do jornal El Periòdic d’Andorra, a demissão aconteceu depois de uma inspeção escolar, onde o inspetor justificou que o ensino que a professora aplicava dentro da sala de aula era muito desenvolvido e não correspondia ao currículo de uma escola pública no país.

Os pais dos alunos estão defendendo o trabalho da professora e reivindicam que a docente volte ao quadro de funcionários da escola. O Ministério da Educação da Espanha afirmou que busca uma solução para o caso. Enquanto isso, fez um acordo com a escola de que a professora lecionaria até o final do ano letivo, porém com um ritmo reduzido. 



Fonte: http://noticias.r7.com Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

segunda-feira, 14 de maio de 2012

20 aplicativos essenciais para educação


Lugar comum, o uso da tecnologia é uma presença cada vez mais incontornável na vida de professores, alunos e na educação em geral. Apesar de continuar haver algumas resistências, a utilização de iPhones e iPads nas salas de aula começa a ser recomendado. Não se trata de um capricho ou de uma moda mas de uma nova compreensão do ensino colaborativo e participativo que busca um maior envolvimento dos alunos na sua formação, que tem como consequência uma melhoria significativa nos resultados escolares.
É inegavelmente mais fácil levar os alunos a realizar as suas atarefas diárias fazendo uso dos meios tecnológicos que eles usam habitualmente. Os jovens, obviamente, sentem-se muito atraídos pela tecnologia, são os seus grandes utilizadores e utilizar esse recurso como ferramenta de aprendizagem significa estar atento aos novos tempos e às oportunidades que ele cria.
A lista que se segue enumera 2o aplicativos essenciais para educação, com recurso ao iPad e iPhone, apesar de haver alguns com versões para sistemas Androide. É, naturalmente, uma lista aberta onde podem caber outras tantas aplicações. Cada um será capaz, com certeza, de sugerir e preferir outras opções e sugestões. Partilhar é o segredo.


  1. Leafsnap: Desenvolvido por investigadores das Universidade de Columbia e de Maryland, e da Instituição Smithsonian. Usa um sistema de reconhecimento visual para identificar as espécies através de fotos das folhas.
  2. Grammar Up HD: essencial para a gramática, vocabulário e escrita em Inglês.
  3. SkyView – Explore the Universe : para explorar o universo.
  4. World Atlas – National Geographic, com excelentes mapas.
  5. iBooks: Biblioteca e livraria na palma da mão.
  6. iElements: Tabela periódica dos elementos
  7. Scales & Modes: Essencial para aprender música.
  8. Aprenda inglês Voxy: Aprender Inglês. Número 1 no Brasil.
  9. Math bingo: Uma ótima maneira de conjugar o jogo e a aprendizagem da matemática.
  10. MathBoard: MathBoard é apropriado para todas as idades, desde o jardim de infância (com simples problemas de adição e subtração) até ao primário, onde aprender multiplicação e divisão pode ser um desafio.
  11. Safe Browser: Um navegador seguro com filtros e controlos dos pais.
  12. Flashcards +: uma das aplicações mais úteis para criar e usar flashcards (grátis)
  13. iStudiez Pro: uma ferramenta de gestão da vida académica, desde os contactos, calendários, mapa de testes, horário de disciplinas, etc.
  14. TED Mobile: Ferramenta de vídeo muito útil para todas as idades.
  15. Anatomia em animações: Conhecer o corpo humano em 41 animações explicativas de cada sistema.
  16. Math Formulas: Aqui estão todas as fórmulas matemáticas que um aluno pode precisar.
  17. iPronuntiation: tradução mútua de 53 línguas, mais voz e pronúncia. Uma excelente ferramenta para aprender e conhecer línguas.
  18. Math Ninja Lite é um jogo divertido e interessante para crianças de 6-12 anos para aprender e praticar habilidades em matemática, desde os conceitos básicos de adição, subtração, multiplicação e divisão, até aos problemas mais avançados e complicados de resolver.
  19. Graphing Calculator: Calculadora perfeita para o cálculo, álgebra, etc ..
  20. Stack the Countries Lite: Aprender geografia com esta aplicação (em Inglês)
Fonte:  http://www.professortic.com
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