quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Professora gaúcha cria histórias para cada letra do alfabeto


Desde que começou a lecionar, há 30 anos, a professora Maria Bernadete Souza da Silva usa a literatura como recurso para auxiliar o aprendizado da leitura e da escrita entre os alunos. Ao observar o gosto das crianças pelas histórias e o fato de que elas já conheciam quase todas, a educadora resolveu inovar nas narrativas.
A cada ano, com base em cada letra do alfabeto, ela modifica as histórias, inventa outras ou acrescenta fatos, de acordo com o interesse da turma. “É uma prática que tem dado certo, pois as crianças associam as letras às histórias que ouvem; a alfabetização acontece naturalmente”, explica Maria Bernadete, que leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental David Canabarro, em Canoas (RS), na região metropolitana de Porto Alegre.
Formada em pedagogia, a professora explica que as aulas são organizadas como se fossem um grande livro de histórias, as quais são contadas uma a uma. “Dessa forma, os alunos sentem necessidade de saber qual será a próxima, pois são despertados neles a curiosidade e o prazer pela leitura”, ressalta.
Outro recurso usado é a dramatização. “Como conto histórias dramatizando cada passagem, acabo por transformar a aula em um grande teatro”, destaca Maria Bernadete. “A cada hora, um aluno tem a possibilidade de ser o protagonista de uma história.”
Esses recursos, salienta a professora, são os melhores para a obtenção de um grande número de alunos alfabetizados no fim de um ano letivo. Por meio deles, Maria Bernadete sempre conseguiu bons resultados. Ela enfatiza, no entanto, que o mais importante é a alegria e o prazer que as crianças demonstram em estar na escola. Os estudantes evitam faltar às aulas para não perder a próxima história.
Coletânea — Quando os alunos começam a dominar a leitura, a ida à biblioteca e a retirada de livros fica mais frequente. “Sendo eu uma contadora de histórias, acabo por plantar neles também o gosto de ouvir e contar”, avalia a educadora. Para o fim do ano, ela prepara uma coletânea das melhores histórias da turma.
Com 700 alunos em classes do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental, a escola Davi Canabarro tem cinco turmas de alfabetização. “Enquanto escola, temos muita preocupação com a alfabetização e o letramento”, salienta a diretora Sílvia Letícia de Senna. “Contamos com profissionais que sempre buscam novidades e mostram disposição de usar o lúdico como ingrediente especial para o processo de construção da escrita e da leitura”, salienta a diretora. Sílvia é formada em pedagogia, com habilitação em supervisão escolar, e tem pós-graduação em informática educativa.
Cada professora da escola pode usar a metodologia que melhor domina e com a qual se sente mais à vontade. Segundo Sílvia, é possível observar diferenças nos resultados obtidos entre as diferentes turmas. Ela destaca as que adotam práticas lúdicas, com o uso de histórias. “Percebe-se um número maior de alunos que alcançam a alfabetização e também o tempo menor dos estudantes para concluir essa trajetória.” (Fátima Schenini)

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/

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Aproveite onde você está



Não existe nada que seja intrinsecamente agradável. O que uma pessoa adora, outra com certeza pode odiar. O “agradável” vem da sua atitude perante aquela situação particular, e não da situação em si.

Muitas pessoas procuram em vão por atividades, relacionamentos, ambientes e diversões agradáveis. Uma estratégia muito melhor seria parar de procurar e começar a aproveitar.

O prazer não esta na atividade. O prazer esta em você, onde estiver,
seja lá o que estiver fazendo, encontre uma maneira de divertir-se. E claro que e muito bom procurar grandes conquistas ou melhorar a vida. Mas não se engane imaginando que essas coisas virão embrulhadas em prazer. Afinal, o prazer depende de você.

Talvez você não tenha escolhido estar onde esta, e é muito bom que dedique-se a mudar de rumo. Mas, enquanto estiver ai, aceite o fato e aproveite o máximo que puder. Quanto mais você aproveitar os pequenos momentos, mais prazer terá quando chegar onde quer.

Fonte: profissaomestre.com


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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Escolas precisam mudar para reagir à violência, defendem especialistas

Com um novo caso de violência escolar –em que um aluno de dez anos atirou em uma professora em São Caetano do Sul (SP) e se matou–, o debate sobre como lidar com o problema volta à tona. Especialistas ouvidos pelo UOL Educação afirmam: as escolas precisam mudar para tentar evitar novos episódios. Essas mudanças também passam, dizem, pela família e pela formação do professor.
“A escola precisa mudar muito. Precisa evoluir muito em questões pedagógicas, nos métodos de ensino, no próprio relacionamento dos professores com os alunos”, afirma o professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) Evandro Camargo Teixeira. Ele defendeu, neste ano, uma tese de doutorado sobre as relações entre violência e abandono e desempenho escolar.
“Não é uma questão de coerção. Isso não vai acabar com o problema. Não adianta colocar a polícia. Ela vai lá para tentar resolver o problema que acabou de acontecer. É [preciso] uma política de conscientização de todos os setores”, afirma Teixeira.
Para Paulo Carrano, professor da Faculdade de Educação da UFF (Universidade Federal Fluminense), não houve muitas mudanças nas escolas nos últimos anos. “A disciplina escolar não mudou muito, a disposição das carteiras [na sala] não mudou muito”, diz.
Professor
Essas mudanças, afirma Carrano, também devem passar pelo professor. “O ‘manda quem pode, obedece quem tem juízo’, tem que ter lugar a outro tipo de autoridade. Os professores mais escutados [pelos alunos] são os que têm a autoridade do saber, que sabem o que estão dizendo, e os que têm a autoridade do afeto, que escutam, que dão valor às experiências que os alunos já trazem. O que consegue juntar as duas é o melhor professor.
De acordo com o especialista, é preciso um esforço para entender as razões das atitudes violentas. “Os episódios de violência contra os professores poderiam de fatos ser diminuídos com ações que investissem mais na busca da compreensão de porque que surge o fenômeno da violência, do bullying. Se a gente não entender o que gera esse comportamento, não vamos ter soluções eficazes”, diz Carrano.
Família
Evandro Teixeira afirma também que é fundamental um acompanhamento de perto da família. “O próprio aluno se sente mais seguro se a própria família está participando”, diz. Carrano concorda: “As crianças reproduzem aquilo que elas levam. Se as boas maneiras não aconteceram na família, a escola tem um problema.”

Fonte: http://portal.aprendiz.uol.com.br

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Justiça decreta 45 dias de internação a aluno que agrediu diretora de escola em MG

O juiz da Vara da Infância e Juventude de Contagem (MG), Elias Charbil Abdou Obeid, determinou que o adolescente que agrediu uma diretora de escola da cidade, no mês passado, fique internado no DOPCAD – (Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente) por 45 dias.
Imagem feita por câmera de um celular mostra que o adolescente partiu em direção à diretora e a acertou com um chute.
De acordo com denúncia do Ministério Público, o rapaz teria ainda ameaçado a mulher, além de ter provocado lesões leves nela. A representação foi recebida pelo magistrado na última sexta-feira.
Segundo a assessoria da Polícia Civil mineira, cumprindo a determinação judicial, o adolescente de 15 anos foi apreendido nesta segunda-feira (26) em sua casa e encaminhado ao órgão.
Na sua decisão, o magistrado teria relatado que o garoto, em uma primeira avaliação, “aparenta não ter e não querer limites”, de acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
“Limites fazem parte da personalidade de um cidadão de bem. A escola é o templo sagrado de formação de crianças e adolescentes, sendo imperioso demonstrar que a atitude do menor abalou e abala todos os professores”, descreveu Obeid na sua decisão, segundo a assessoria do órgão.
Ainda conforme o TJ, será agendada uma apresentação do menor ao juiz.

Fonte:http://noticias.uol.com.br





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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Alfabetizando com rótulos

PÚBLICO: 2°ano ( 1ªsérie)


PROFESSORAS RESPONSÁVEIS:  Fátima Granai/ Jeanne

PROFESSORA COLABORADORA: Tatiana  


Eixos temáticos: Linguagem Oral e Escrita; Matemática; Artes; Ciências; Geografia; Identidade e Autonomia.


JUSTIFICATIVA:

As etiquetas e embalagens são portadores de textos que cumprem a função de informar, dizem a composição do produto, que cuidados são exigidos para seu funcionamento e manutenção, data de validade, modo de usar e de armazenar o produto.

Segundo os PCNs de Língua Portuguesa, “As embalagens comerciais… e demais portadores de texto possibilitam suposição de sentido a partir do conteúdo, da imagem ou foto, do conhecimento da marca ou do logotipo, isto é, de qualquer elemento do texto ou do seu entorno que permita ao aluno imaginar o que poderá estar aí escrito” (p. 83).

Ser capaz de compreender esses textos é fundamental para o exercício da cidadania e, se bem utilizados na alfabetização, podem trazer contribuições importantes também para os avanços dos alunos no processo de aquisição de procedimentos de leitor da escrita verbal e não-verbal.

Esta seqüência de trabalho centra-se em atividades de leitura baseadas numa proposta significativa de alfabetização. Visa, com isso, formar leitores e escritores, e não apenas decifradores do sistema.


OBJETIVO:

* Conscientizar os alunos sobre a importância da escrita;

* Buscar informações em diferentes fontes de forma a verificar e comprovar hipóteses feitas sobre o assunto;

* Identificar as principais informações trazidas nas embalagens e nos rótulos;

* Utilizar estratégias de leitura para buscar informações nos textos: antecipar o significado; utilizar as informações não verbais; utilizar o conhecimento de mundo;

* Ampliar os conhecimentos dos educandos;

* Estimular a inteligência, a imaginação e desenvolver a criatividade;

* Possibilitar situações envolvendo sistema monetário;

* Resolver situações problemas;

* Utilizar o computador como recurso pedagógico.


ORGANIZAÇÃO DA SALA

Cada tipo de atividade exige uma determinada organização.

1ª – atividades em grupo: pequenos grupos de no máximo 4 alunos. Garanta que cada grupo tenha alunos com mais informação e aluno com menos informação.

2ª – atividades coletivas: com a sala toda. Organize um círculo.


PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS (AÇÕES):


* A professora pedirá que os alunos tragam um rotulo ou embalagem de qualquer produto. Numa roda de conversa os alunos identificarão a importância desse gênero textual e suas características, em grupos os alunos escolheram um produto para trocaram as informações obtidas; (Anexo 1/2)

* Cada aluno receberá um mapa do Brasil e deverá pintar o estado de origem do produto;

*No quadro, juntamente com os alunos, será feita uma listagem de todos os rótulos pesquisados; (Essa atividade poderá ser copiada em ordem alfabética no programa Kword- netbook.)

* Com a ajuda da lista produzida pela sala a professora poderá elaborar 2 jogos:

Bingo de rótulos cada aluno produzira sua cartela e as regras do jogo poderão ser elaboradas coletivamente e depois digitalizadas;

Adivinha dos rótulos: a professora escolhera algum produto da lista e dará  dicas desse produto (é um produto de limpeza, começa com a letra o, usamos para lavar o cabelo, tem seis letras, etc.) o grupo que acerta mais ganha; 

*A professora escolherá oito rótulos (deixá-los exposto no quadro negro ou num cartaz) e os grupos deverão montar um caça-palavra, depois de montado os caça- palavras poderão ser trocados entre os grupos; (A professora poderá escolher um digitalizar e compartilhar com todos os alunos.) 

* Roda de conversa sobre reciclagem (das embalagens) e a produção de lixo, procurar soluções; digitalizar as informações e montar um cartaz;

* Os alunos poderão pesquisar os preços dos produtos trazidos, em encartes de supermercados e trabalhar medidas de peso, a professora elaborará problemas de matemática.


AVALIAÇÃO:


A avaliação será realizada permanentemente comprometida com o desenvolvimento das crianças. Será observado o que as crianças sabem fazer, o que pensam a respeito e o que é difícil de entender, assim como conhecer mais sobre os interesses que possuem.


ANEXO:


1-Questionário:

  1. Qual o nome do produto?
  2. Quem fabrica este produto?
  3. Que tipo de produto é esse? Onde utilizamos?
  4. Quais os componentes (ingredientes) deste produto?
  5.   De acordo com rotulo, que peso tem esse produto?
  6. Qual é a data de fabricação?
  7. Para que serve a validade do produto?
  8. No caso de querermos ter alguma informação sobre o produto, o que devemos fazer?
  9. Qual órgão devemos reclamar quando há algum problema com o produto? 


Fonte: http://mariaffg.wordpress.com/
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domingo, 25 de setembro de 2011

Devo deixar meus filhos jogarem games violentos?

 Por Içami Tiba

Uma criança que já tenha seus valores próprios adquiridos pela educação praticada pelos seus pais e escolas, talvez não se tornasse violenta, ou se tornasse, não seria tão rapidamente, pois aprenderia a estabelecer a diferença entre a violência dos games e da vida real. Mas se ela cresce em um meio familiar, escolar e social já violento, ela pode acreditar que a violência é um valor a ser desenvolvido para poder sobreviver. Para esta, a violência dos games seria facilmente passada para a violência da vida.
No Japão, cuja educação e cidadania do povo atraíram as atenções do mundo quando ele enfrentou o terremoto e o tsunami em março deste ano, praticamente a maioria das crianças joga os games contendo violência, como em qualquer parte do mundo. Nem por isso aumentou a violência entre as crianças, como ocorre no Brasil.
Se as crianças de ambos os países, Brasil e Japão, brincam com os mesmos games violentos, no Japão também as crianças deveriam ser violentas, mas não as são. Por que? Uma das grandes diferenças está na educação, e nos países onde os valores como empatia, respeito ao próximo, e responsabilidade social não são ensinados pelos seus pais e escolas às crianças desde a mais tenra infância, quando então aprendem o hedonismo egoísta, que é a realização das suas vontades prazerosas sem custos, pois quem os paga são os educadores e não elas.
A empatia, o que se sente pela outra pessoa, é um valor fundamental que faz parte da cidadania a qualquer humano que viva em sociedade, deve ser ensinada pelos pais em uma educação orquestrada. Cada vez que os pais ficam contrariados, desobedecidos, frustrados, felizes, realizados e/ou qualquer outro sentimento forte, é muito importante que seja dado feedback aos filhos, para que estes aprendam o que eles provocam nos seus pais. Pais que se calam não ensinam aos seus filhos o que eles provocam nas outras pessoas. Piora muito a violência e a depredação ambiental a falta de empatia para quem as sofre.
Na violência gratuita, comum nos games, o prazer em matar e destruir tudo à volta é egoísta e além de não aparecerem os sofrimentos das vítimas, dos seus familiares e amigos nem os custos das destruições provocadas pelo violento, ele ainda é premiado.
Há tempos, talvez uns 30 anos, vi em uma tira de humor de jornal, cujo autor não me recordo agora, esta sequência: 1º quadro: muitas pessoas entrando, portanto de costas para o leitor, num cinema, cujo imenso cartaz trazia um caubói parado, de frente, com os joelhos curvados para fora, como se andasse a cavalo, com um revólver de cada lado com as mãos afastadas, como se estivesse pronto para atirar primeiro, num duelo de vida ou morte... 2º quadro: dentro do cinema, o mocinho na tela na posição acima descrita e na platéia, aparecendo somente as nucas da platéia... 3º quadro: todos os homens saindo de pernas abertas como se estivessem com revólveres em seus coldres e prontos para sacá-los antes do seu rival, o bandido...
Se a criança já é mais agressiva, impulsiva, explosiva, gritona, mal-educada, não respeita regras sociais de convivência, menos empática, sem suportabilidade às mínimas frustrações e absorvedora de comportamentos inadequados à sua volta, como os da tira acima citada, os games violentos somente pioram o comportamento dela. Portanto, os pais têm que controlar e não deixar passar nada que piore seu comportamento, principalmente as atividades interativas como são os games violentos. 

Fonte:http://educacao.uol.com.br


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sábado, 24 de setembro de 2011

Casos de agressão a professores crescem 40%

Os casos de agressão a professores nas escolas públicas paulistas têm crescido entre 30% e 40% por semestre nos últimos três anos, segundo o Observatório da Violência do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Só de janeiro a julho deste ano foram mais de 300 casos de agressão física ou verbal a docentes durante as aulas.
Segundo a presidente do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha, a violência nas escolas se generalizou e já não há um perfil do aluno agressor. "Semana passada, um menino de 6 anos bateu em um professor de uma escola em Diadema. O acúmulo de funções faz o docente estar mais exposto a conflitos", avalia.
A presidente afirmou ainda que 70% dos professores que sofrem de estresse foram vítimas de algum tipo de agressão por parte dos alunos. Segundo ela, muitos chegam a pedir transferência por se sentirem desmoralizados nas escolas e nem todos registram ocorrência por medo de perseguições. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".


Fonte:http://noticias.uol.com.br/ Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Paulo Freire 90 anos: ideal de ensino libertário continua contribuindo com aprendizagem

Na busca do ideal de educação fundamentada na democracia e na tolerância, Paulo Freire fez história. Em pleno século XXI, a proposta do educador brasileiro está presente tanto no legado de suas obras como na atualidade de seu pensamento. Nesta segunda-feira (19/9), Paulo Freire completaria 90 anos. Comemorações do seu nascimento acontecem desde o início do ano em todo o país.
Internacionalmente respeitado, os livros do educador foram traduzidos em mais de 20 línguas. No Brasil, tornou-se um clássico, obrigatório para qualquer estudante de pedagogia ou pesquisador de educação. Detentor de pelo menos 40 títulos honoris causa (por universidades a pessoas consideradas notáveis), Freire recebeu prêmios como Educação para a Paz (Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (Organização dos Estados Americanos, 1992).
“Defendo a educação desocultadora de verdades. Educando e educadores funcionando como sujeitos para desvendar o mundo”, dizia Freire. A educação como prática da liberdade, defendida por ele, enxerga o educando como sujeito da história, tendo o diálogo e a troca como traço essencial no desenvolvimento da consciência crítica.
Uma pesquisa sobre o educador feita em escolas públicas de São Paulo a partir dos anos 90, pela Cátedra Paulo Freire (PUC-SP), constatou que aquelas baseadas em gestões democráticas são as que mais se aproximam do pensamento freireano. “Suas reflexões servem de base para discutir os desafios do mundo”, afirma a coordenadora da Cátedra, Ana Maria Saul, que trabalhou com o educador entre 1980 e 1997.
Freire se mantém presente também na universidade. Uma consulta na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) revela que entre 1987 e 2010, 1441 pesquisas tiveram como referencial o educador – 75% na área das ciências humanas, 19% na biológicas e 6% na exatas. “Esses números, que têm crescido a cada ano, e a diversidade de áreas mostram como é fértil a reflexão de Paulo”, aponta Ana Maria.
Atualidade do pensamento
“Ele usava o passado para interpretar melhor o presente. Tenho certeza que Paulo já estava no século XXI pelos questionamentos que colocava. Dizia: ‘se vocês concordam comigo, não me repitam, recriem’”, lembra a coordenadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Lisete Arelaro. Ela trabalhou com Freire durante os anos 90 e ministra a disciplina eletiva “Paulo Freire: Teoria e Práxis”.
A atualidade do autor é comprovada, por exemplo, em uma das questões que mais perturba a educação pública hoje: o uso de apostilas como o único material didático. “Discordo de separar pacotes para o professor dar aulas, com materiais distantes da realidade. Precisamos da curiosidade crítica”, questionou Freire certa vez.
“Paulo falava que não existe uma teoria científica dizendo que o aprendizado pode acontecer apenas de um determinado jeito, ou parâmetros regulando o que cada criança deve debater no Pará, Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia, sem os contextos de cada uma”, diz Lisete. “Se vivo estivesse, faria uma campanha na rua, porque isso compromete o ato de aprender”, analisa.
Antes de conhecer, o sujeito se interessa pelo o que é curioso e esperançoso, dizia Freire. “Daí a importância de trabalhar a sedução do professor frente ao aluno, a motivação e o encantamento”, pontua  o diretor do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, que conviveu 23 anos com o educador.
É preciso mostrar que “aprender é gostoso, mas exige esforço”, segundo o educador no primeiro documento que encaminhou aos professores quando assumiu a Secretaria de Educação do Município de São Paulo (1989-1991). Hoje, um dos maiores problemas do ensino médio é a evasão escolar. Cerca de 40% dos jovens abandonam a última etapa da educação básica por desinteresse, apontam pesquisas.
Em conferências para professores, Gadotti identificou que há uma ânsia por entender melhor porque está tão difícil educar, para saber o que fazer quando todas as receitas já não conseguem responder. “Professores procuram cada vez mais cursos e conferências, para buscar na formação continuada respostas que não encontram na formação inicial”, afirmou em artigo “A atualidade de Paulo Freire”.
O educador  dava muita importância para o ato de ensinar e aprender de forma horizontalizada. “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”, reflete Freire em sua obra “Pedagogia da Autonomia”. Segundo ele, não só a participação dos alunos na sala de aula é bem-vinda, mas no conjunto de assuntos que envolvem toda a escola.
“A gestão democrática fundamenta toda a sua teoria do conhecimento. A ideia é ter diferentes grupos para opinarem e construírem. Para ele, todos os espaços de convivência educam para adquirir nossa autonomia intelectual”, ressalta Lisete. “Estamos em momentos difíceis. Cada dia mais indo contra isso. A divergência da teoria do outro não tem gerado um debate saudável.”
Com suas ideias inovadoras, Paulo Freire também incomodava muito. Mesmo atualmente, é questionado pelo incentivo a uma “pedagogia sem hierarquia”. Uma das razões é sua proposta do uso da crítica como referência principal para a escola avaliar a importância do conteúdo ensinado.
“No momento em que estamos discutindo a homogeinização de currículos pedagógicos, em função de provas nacionais, estaduais e municipais, evidentemente que Paulo representa uma contra corrente”, afirma Lisete. No Plano Nacional de Educação (PNE), em análise no Congresso, está previsto a incorporação do Programa Internacional de Avaliações de Alunos (Pisa) como referência de avaliação.
Freire questionaria, ainda, o processo de bonificação dos professores tendo em vista o rendimento dos alunos em provas nacionais e estaduais, de acordo com Lisete. “Para tudo isso ele não só sorriria, mas diria que é um grande equívoco”, acredita.

Fonte: http://portal.aprendiz.uol.com.br
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Alunos descobrem música de qualidade

Em uma audição inesquecível, uma turma de 2ª série descobre a qualidade da boa música e começa a adquirir o senso crítico capaz de afastá-la do lixo cultural a que é submetida diariamente

Durante três meses, no segundo semestre de 2005, alunos de 2ª série de uma escola de São Paulo viveram uma situação rara na Educação pública brasileira, experiência que os marcará para o resto da vida. Eles tiveram aulas regulares de música. A iniciativa merece ainda mais destaque por se tratar de um grupo de estudantes da EMEF Professora Maria Berenice dos Santos, no extremo sul da cidade, região em que o acesso aos meios culturais se restringe ao rádio e à TV. "Eram crianças com um repertório limitado ao que é oferecido pela mídia de massa. Não conheciam cantigas populares e muito menos a música erudita", conta a professora Daniela da Costa Neves, 25 anos, autora do projeto com o qual foi eleita Educadora Nota 10 no Prêmio Victor Civita 2006.

Ao longo das atividades, as crianças aprenderam conceitos básicos de apreciação musical, como o reconhecimento de instrumentos e respectivos timbres, notas e suas alturas (mais graves, mais agudas), rítmica e formas básicas de composição. O desfecho do projeto foi uma inesquecível visita à Sala São Paulo, uma das principais casas de concerto do mundo. Nesse dia, as crianças acompanharam uma apresentação didática de seis obras executadas pela Orquestra Sinfônica de Santo André (antes ou depois de reger a música, o maestro dá explicações, mostra instrumentos, conta rápidas histórias sobre o compositor ou a obra, pede que cada músico toque seu instrumento para as crianças identificarem o som).

Para "tocar" as atividades desenvolvidas anteriormente em sala de aula, Daniela valeu-se da formação que tem em Educação Artística com habilitação em Música. "Mas tudo o que fiz pode ser feito também por professores leigos no assunto", assegura ela. "O diferencial do projeto da Daniela é o planejamento", atesta Marisa Szpigel, formadora de professores de Arte e selecionadora do Prêmio Victor Civita em 2006. "Ela se preparou para cada ação e estabeleceu objetivos claros e compartilhados com os alunos. Eles sabiam, desde o início, aonde iriam chegar." (Leia mais sobre a seleção no quadro.)


A base do trabalho foi o programa mantido pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), que tem por missão formar público ouvinte de música erudita (e professores do Ensino Fundamental para a Educação Musical). Daniela realizou todas as atividades propostas pela Osesp e subiu um degrau a mais. Ela explorou conceitos de composição, realizou atividades sobre ritmo baseadas num trabalho de percussão corporal e de instrumentos de sucata e levou para a classe canções populares de mestres da MPB. "Meus alunos dificilmente terão a oportunidade de seguir uma carreira musical nem terão acesso a instrumentos e cursos, pois vivem numa região onde esse tipo de alimento cultural não é prioridade. Mas plantei uma semente em cada um deles", conta Daniela.


O programa de Educação Musical foi dividido em dez atividades, distribuídas em 13 aulas, que tinham duração de uma hora e meia. As tarefas intercalaram momentos de apreciação de diversas obras, produção musical, leitura de textos, escrita de relatos e confecção de desenhos.




Fonte: http://revistaescola.abril.com.br Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Piso salarial dos professores chegará a R$ 1.450,86 em 2012


Projeção do Tesouro para o valor, que representa reajuste de 22%, ainda pode ser alterada até o fim do ano.


A projeção de arrecadação de impostos feita pelo Tesouro Nacional mostra que o piso salarial dos professores brasileiros deve chegar a R$ 1.450,86 em 2012. O valor é 22% maior do que o definido pelo Ministério da Educação para este ano, de R$ 1.187,08, e promete causar polêmicas entre governantes estaduais e municipais. Apesar de previsto em lei, o salário ainda não é cumprido por todos os Estados e municípios, que alegam falta de recursos para pagá-lo. 


Essa é a menor remuneração que os professores devem receber por 40 horas de trabalho semanais. Vale lembrar, no entanto, que o valor ainda pode sofrer alteração. O reajuste do piso salarial é calculado com base no valor mínimo gasto por aluno segundo o Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb). Com as previsões já divulgadas pelo Tesouro, cada estudante custará R$ 2.009,45, pelo menos. Porém, só em dezembro, quando os cálculos são atualizados, o MEC divulga o valor final do piso. Os reajustes passam a valer em janeiro. 

A previsão é um pouco maior do que a calculada inicialmente pelo consultor educacional Luiz Araújo e divulgada pelo iG nesta terça-feira. Ele havia utilizado o reajuste sofrido pelo custo mínimo por aluno no Fundeb (que será de 16,68% em 2012) para calcular o piso salarial. Porém, a metodologia usada pelo MEC para fazer essa conta leva em consideração os valores estimados para gasto por aluno dos dois anos anteriores (2010 e 2011). O índice ficou em 22%.

“As projeções do Tesouro não costumam ficar muito fora daquilo que de fato acontece. Às vezes, há ajustes para menos ou mais”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad. 

Recursos extras

A partir da projeção de receita arrecadada com impostos por Estados e municípios, a União coloca mais recursos no Fundeb. Essa verba é destinada aos Estados que não conseguirão investir o valor mínimo estabelecido para cada aluno em todas as etapas da educação. Em 2012, o governo federal vai colocar R$ 10,6 bilhões no fundo. E parte desse recurso, pouco mais de R$ 1 bilhão, poderá ser usado para auxiliar a pagar o piso salarial. 

Somente os Estados que receberão o complemento da União para financiar o ensino podem receber ajuda para o pagamento do piso dos professores. Em 2012, serão: Minas Gerais, Paraná, Alagoas, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Bahia, Paraíba e Pernambuco. Porém, municípios em dificuldade que pertençam a outros Estados podem solicitar recursos extras ao MEC. Em janeiro, o ministério aprovou critérios para ajudar prefeituras.

Segundo o MEC, menos de dez municípios solicitaram apoio desde então. Nenhum deles recebeu o benefício, porque não conseguiram preencher os pré-requisitos exigidos pela pasta.

Fonte: www.ig.com.br


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Piso nacional do professor deve ter reajuste de 16,68% e passar para R$ 1.384 em 2012

A memória do cálculo de lei orçamentária para 2012, enviada ao Congresso Nacional pelo Ministério do Planejamento e divulgada nesta terça-feira (20) prevê um aumento de 16,68% no valor mínimo investido por aluno pelos governos municipais, estaduais e federal. A diferença entre um ano e outro neste valor é o cálculo utilizado pelo MEC (Ministério da Educação) para o piso nacional dos professores: por conta disso, o salário mínimo docente deve ir dos atuais R$ 1.187 para um valor em torno de R$ 1.384.
O total mínimo investido por aluno do ensino fundamental passará dos R$ 1.722,05 para R$ 2.009,45. A origem desse dinheiro é o Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica) e os Estados que não conseguem atingir esse mínimo recebem uma complementação da União.
Pela primeira vez, Minas Gerais e Paraná precisarão receber o dinheiro, geralmente destinado a Estados mais pobres. Piauí e Rio Grande do Norte vão conseguir pagar o valor. Os outros Estados que continuam na lista são Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba e Pernambuco. No total, a complementação chegará a R$ 9.603.858.15 em 2012.
Os valores exatos devem ser definidos em breve pelo Ministério da Educação.

Salário

Desde então, professores vêm fazendo paralisações para garantir o direito e os Estados tentam se mobilizar para pagar o valor. O caso mais emblemático é o de Minas Gerais, onde os docentes estão parados há mais de cem dias. Eles pedem o pagamento do piso definido pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), calculado em R$ 1.597,87, mas anunciaram que aceitarão negociar o valor nacional mínimo.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Os sons e o cérebro


Por meio da música os alunos podem aprender a sentir, a expressar e a pensar as manifestações sonoras, tão presentes no cotidiano e sempre em transformação 

Antes mesmo de nascer, o bebê já é capaz de escutar. A partir do quinto mês de gestação, ele ouve as batidas do coração da mãe (além de todos os outros barulhos do organismo) e reconhece a voz dela. E reage a esses estímulos, virando a cabeça, chutando ou mexendo os braços, além de ficar com o coração batendo mais rápido. O bebê nasce, cresce, torna se adulto e os sons continuam a provocar essas e outras reações mais sofisticadas: eles evocam memórias e pensamentos, comunicam, provocam sensações, emocionam e movimentam.  
Desde os tempos mais remotos, o homem percebeu todo esse potencial. Usando os materiais que tinha à disposição (pedras, ossos, madeiras, o próprio corpo e a voz), ele foi combinando sons e silêncios das mais diversas maneiras. Assim surgiu a música. Em sua origem, ela era usada para venerar a natureza e os deuses e para conectar o ser humano com forças maiores, envolvendo realidade, magia e crenças. Até hoje ela é responsável pela criação dos mais diferentes sentidos e significados.

Mas por que a música mexe tanto com o ser humano? O som é uma vibração que se propaga no ar, formando ondas sonoras que são captadas por nosso sistema auditivo. Depois de transformadas em impulsos elétricos, elas viajam pelos neurônios até o cérebro, onde são interpretadas. Lá, elas chegam primeiro a uma região onde são processadas as emoções e os sentimentos, antes de serem percebidas pelos centros envolvidos com a razão. E, quando isso acontece, ocorre a liberação de neurotransmissores responsáveis por deixar os circuitos cerebrais mais rápidos.

Por isso, o pesquisador americano Howard Gardner, autor da teoria das inteligências múltiplas, afirma que a habilidade musical é tão importante quanto a lógicomatemática e a lingüística por auxiliar outros tipos de raciocínio. Pesquisas na área de neurociências comprovam que a memória, a imaginação e a comunicação verbal e corporal ficam mais aguçadas nas pessoas que escutam, estudam e praticam música.

A música é uma das linguagens que o aluno precisa conhecer, mas não somente por essas características. A maior razão é ele poder aprender a sentir, a expressar e a pensar as manifestações sonoras, tão presentes no cotidiano e sempre em constante transformação - como pode ser observado na linha do tempo
deste pôster. As imagens de instrumentos e os diversos ritmos e notações musicais podem ser relacionados com outras manifestações culturais, como a dança e o teatro, e permitem uma análise global da evolução do pensamento humano e suas manifestações.  
"Houve e há, apesar das desordens que a civilização traz, pequenos povos encantadores que aprendem música tão naturalmente como se aprende a respirar. O seu conservatório é o ritmo eterno do mar, o vento nas folhas e mil pequenos ruídos que escutaram com atenção, sem jamais terem lido despóticos tratados" 

Claude Débussy (18621918), compositor francês
Na escola

Educação Infantil 


Na creche e na pré-escola, a criança precisa ser orientada a: 


• Produzir sons com a voz, o corpo, o entorno e com materiais diversos.

• Organizar sons e silêncios em linguagem musical.
• Interpretar músicas e canções de diversas culturas e épocas.
• Participar de jogos e brincadeiras musicais.
Ensino Fundamental 

O aluno de 1ª a 8ª série precisa aprender a:


• Ter contato com a linguagem musical.

• Utilizar e elaborar notações musicais, convencionais ou não.
• Experimentar, selecionar e utilizar instrumentos, materiais sonoros, equipamentos e tecnologias disponíveis.
• Traduzir realidades interiores e emocionais por meio da música.
• Improvisar e criar peças musicais, utilizando os elementos dessa linguagem (som, duração, timbre, textura, dinâmica, forma etc.).
• Criar instrumentos com diversos materiais sonoros, assim como usar o canto e o corpo para produzir sons.
• Combinar a criação musical com outras linguagens (trilha sonora para cinema, publicidade e jogos eletrônicos, para dançar e para celebrar).
• Conhecer a riqueza e profusão de ritmos do Brasil e do mundo em diversas épocas.
• Incentivar as crianças e os jovens a participar ativamente como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores, dentro e fora da sala de aula, em shows, festivais e demais eventos musicais promovidos pela comunidade.
• Interpretar e apreciar músicas de seu ambiente cultural, nacionais e internacionais.
• Saber analisar os usos e as funções da música no cotidiano. Pesquisar e discutir a origem e a transformação dos diferentes estilos musicais, principalmente da música brasileira.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Carlos Lessa: 'É preciso valorizar os professores'

 
Rio - As três mil vagas para professores na Secretaria Estadual de Educação e a sucessão de greves reforçam que o magistério deixou de ser atraente. Para o economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES e ex-reitor da UFRJ, a baixa remuneração e a desvalorização do magistério são as causas da evasão. 
— O que causa a falta desses profissionais?

— A carreira do magistério não tem atrativos, nem pela remuneração, nem pelo prestígio. Hoje, é muito difundida a ideia de que quem sabe, faz; quem não sabe, ensina.
 
— Há problemas de qualificação?

— Este é um problema sério. Hoje, há redução dos currículos e é cada vez menor o que se transmite para o graduando. Quando eu fui reitor da UFRJ, a carreira da Engenharia era a que apresentava a maior evasão. A causa era o índice de reprovação em cálculo. No meu tempo, fui apresentado ao cálculo no Científico (atual Ensino Médio).
— O que fazer para diminuir o problema?

— A educação a distância para alunos do Ensino Médio pode ajudar a superar a falta de professores. Se você utiliza a informática, atrai a juventude, desperta os alunos..
— Como motivar os professores?
— O que a sociedade precisa é do professor feliz com sua atividade e de alunos felizes com seu professor. O mestre não pode ser obrigado a dar sete, oito aulas por dia para sobreviver. Ele precisa ser bem pago. É preciso também que os governos tratem os professores com mais carinho.
Fonte: http://odia.terra.com.br/
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Meia-entrada para professor é direito ou privilégio?


Está aí uma boa decisão tomada pela Câmara Municipal de São Paulo, que acaba de ser aprovada: meia-entrada para professor ir a cinema, teatro e espetáculos.

Posso até imaginar que professores vão usar esse recurso com entretenimento de baixa qualidade. Mas o fato é que, sem uma bagagem cultural, a capacidade de o professor estimular o aluno é muito menor. Professor em contato permanente com a cultura é o contato permanente com a criatividade.
Alguns podem dizer que meia-entrada para professor seria um privilégio, afinal por que não estender também para médicos. Ou garis.
Certamente não será essa a grande solução para a melhoria do professor. É algo que depende de treinamento constante, de benefícios para atrair talentos e de melhores condições de trabalho. Mas ajuda.
Como o professor é estratégico para formar todo um país, um projeto específico para ajudá-lo a vivenciar mais cultura terá um efeito propagador. Daí que tenho defendido há tempos o uso da cidade como espaço educativo, com suas inúmeras possibilidades gratuitas ou acessíveis.

Se dependesse de mim, haveria até mesmo descontos para a compra de livros e banda larga de internet. Afinal, professor que não lê (e são muitos, podem acreditar) jamais conseguirá ser um bom professor. 

Fonte:http://portal.aprendiz.uol.com.br/



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