sábado, 30 de junho de 2012

Censo: deficiência afeta frequência na escola e alfabetização dos brasileiros


Pesquisa do IBGE comprova em números que crianças com alguma deficiência possuem menor frequência na escola. Adultos com deficiência tem menor taxa de alfabetização

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira que os brasileiros que apresentam alguma deficiência estão menos presentes das escolas e possuem menores taxas de alfabetização. Os dados são do Censo 2010.
Segundo o IBGE, para a população de 15 anos ou mais com pelo menos uma das deficiências investigadas, a taxa de alfabetização foi de 81,7%, uma diferença de 8,9 pontos percentuais em relação ao total (90,6%). A região Sudeste apresentou a maior taxa de alfabetização das pessoas com deficiência (88,2%) e a região Nordeste, a menor (69,7%).
Já em relação a taxa de escolarização, 95,2% das crianças de 6 a 14 anos com deficiência frequentavam escola, 1,9 pontos percentuais abaixo do total da população nessa faixa etária (97,1%). Em nível regional, destacou-se a região Norte com a menor taxa de escolarização (93,3%), porém com a menor diferença entre crianças com (94,0%) e sem deficiência (93,3), indicando que a inclusão escolar na região Norte sofre influência de outros fatores, como a infraestrutura de transporte. A maior diferença foi observada na região Sul, 97,7% e 95,3%, respectivamente.
De acordo com os resultados, quando se observa o nível de instrução, a diferença é mais acentuada. Enquanto 61,1% da população de 15 anos ou mais com deficiência não tinha instrução ou possuía apenas o fundamental incompleto, esse percentual era de 38,2% para as pessoas dessa faixa etária que declararam não ter nenhuma das deficiências investigadas - visual, auditiva, motora e mental -, representando uma diferença de 22,9 pontos percentuais. A menor diferença estava no ensino superior completo: 6,7% para a população de 15 anos ou mais com deficiência e 10,4% para a população sem deficiência. Na região Sudeste 8,5% da população de 15 anos ou mais com deficiência possuíam ensino superior completo.
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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Por que professores e escolas não caem nas redes sociais?


Simão Marinho, da PUC-MG, fala sobre as dificuldade de integrar educação e sites

Uma pesquisa realizada pelo Ibope revelou que 87% dos usuários de internet do país utilizam uma rede social - 83% deles usam esses serviços para finalidades pessoais. É legítimo supor que estudantes e professores também se relacionam por meio daqueles sites. Contudo, se as redes são hoje território da amizade, da diversão e da paquera, ainda é difícil pensar em usos pedagógicos para a ferramenta. Pelo menos é isso que conclui Simão Marinho, coordenador do programa de pós-graduação em educação da PUC-MG e assessor pedagógico do programa Um Computador por Aluno, do governo federal. “A escola é como uma cidade com muros que a limitam. Já o Facebook ou o Orkut são inverso disso – são praças públicas onde podemos encontrar todo o tipo de elemento”. E isso, segundo o especialista, assusta escolas e professores. Confirma a seguir os principais trechos da entrevista com Marinho, convidado a falar sobre o tema em um painel especial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se encerra neste domingo.
As redes sociais já fazem parte da educação?
Do ponto de vista pedagógico, acredito que ainda não há nenhum impacto das redes sociais virtuais na educação. Fora da escola, ou mesmo para entrar em contato com os amigos da escola, os alunos fazem uso das redes – Orkut, Facebook, MySpace –, mas elas ainda não são usadas para outros fins.

Quais os entraves à aproximação entre escolas e redes digitais? 
A primeira dificuldade está na estrutura da escola e na postura do professor. Dificilmente, eles chegariam ao modelo ideal de rede, que é aquela que não tem centro, não tem comando nem poder. Dentro dessa estrutura, vejo uma enorme dificuldade para a escola fazer uso dessas redes porque seria preciso que os que os professores não se sentissem comandando alunos, determinando tarefas. Além disso, existem alguns riscos nas redes sociais que a escola não quer assumir, como o da segurança, do bullying e da pedofilia. Por tudo isso acredito que hoje a escola não está na rede, e a rede não está na escola.

A liberdade característica das redes sociais é um empecilho?
Sim. A escola é como uma cidade com muros que a limitam. Já o Facebook ou o Orkut são inverso disso – são praças públicas onde podemos encontrar todo o tipo de elemento, do mais benigno ao mais nocivo. Isso sem dúvida é um complicador, porque nem todos que estão ali são os parceiros de escola.

Se a escola ainda não está na rede, o senhor sente uma demanda dos alunos para que ela esteja? 
Acho que os alunos não estão interessados nesse envolvimento. Se você descola da questão educacional, eles se envolvem nas redes e até abordam questões ligadas à escola, mas não são questões ligadas ao aprendizado. Tive acesso a uma pesquisa nos Estados Unidos onde a maioria dos alunos pedia aos professores que não estabelecessem contato nas redes sociais. É como se dissessem: ‘Acabou a hora da aula, não quero mais falar com você’. Isso acontece, em parte, porque os alunos usam essas redes inclusive para criticar os professores. O Orkut, por exemplo, tem aquelas comunidades ‘Eu odeio o professor fulano’. Então os alunos não querem o professor na rede. Com esse tipo de uso, a escola fica ainda mais desconfiada em usar as redes.

Fora da sala de aula, os alunos e até os professores fazem uso das redes sociais por lazer. Transformar esse lazer em aprendizado é um desafio? 
É um grande desafio. O ideal seria que o aprendizado tivesse o mesmo gosto saboroso do lazer e fosse uma fruta tão tentadora e suculenta quando a fruta da diversão. Porque os alunos e professores vão atrás disso nas redes sociais, eles querem a conversa afiada com o amigo, trocar ideias, fazer planos para o fim de semana. Algumas escolas isoladamente já conseguiram superar esse desafio, mas são poucas. Não estou dizendo que não funcione, mas acredito que ainda não encontramos a fórmula para isso.

Quais seriam as vantagens de uma escola integrada às redes sociais?
A vantagem maior seria que as escolas, os professores e os alunos conversassem entre si e trocassem experiências. Mas a discussões deveria girar em torno da educação ou a rede social vira apenas um playground, uma área de lazer e entretenimento. E para que isso aconteça é preciso que cada nó dessa rede tenha uma importância e contribua para a discussão, porque a comunicação por esse meio pressupõe igualdade, sem ninguém controlando as cordinhas da rede. E acredito que esse seja um complicador para as escolas.

O que escolas e educadores devem evitar em matéria de redes sociais?
Os professores não devem reprisar na virtualidade aquilo que está acontecendo na sala de aula, ou seja, devem buscar expandir na internet os conteúdos ensinados na escola. Os conteúdos são importantes, mas tratar de assuntos que extrapolem o aprendizado também pode ser interessante. Por exemplo, professores e alunos podem discutir o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas redes sociais. Podem – e devem – discutir o vestibular, dificuldades, carreira. Se a escola começar a criar essas espaços e fóruns, pode ser que a rede funcione. 

Alguns entusiastas defendem que o bom uso das redes sociais pode funcionar como catalisador da reinvenção da escola. O senhor acredita nisso?
Isso é coisa de entusiasta! Não podemos jogar na ferramenta o peso da inovação pedagógica. Nenhuma máquina muda a escola. O que muda a escola é o professor e não acredito que apenas o fato de ele se integrar a uma rede social mude alguma coisa. Antes disso, ele precisa entender que a educação hoje tem um outro significado. Hoje o professor já não é a única fonte de informação que ele aluno tem. Ele precisa entender que o papel dele é criar estratégias para que o aluno aprenda, seja com a escola, com a internet, com o celular ou com o livro.

O senhor é assessor pedagógico do programa do governo federal Um Computador por Aluno (UCA). O que de fato os alunos desenvolvem com a ajuda do computador?
Com o computador, eles têm acesso a fontes de informações diversas, além de ter nas mãos a possibilidade de se expressar por linguagens multimidiáticas. O laptop do UCA é computador, comunicador, telefone, câmera de vídeo e fotográfica, gravador digital, entre outros. Ele é fundamentalmente um instrumento para a linguagem múltipla que eu utilizo quando preciso. E junto com a discussão da inovação tecnológica tentamos discutir a inovação pedagógica. E só assim poderemos transformar a escola.

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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Jogo educativo “Pesque & Salve”


O objetivo do jogo " Pesque e Salve" é estimular a conservação da água e a pesca esportiva. O jogador tem como meta pescar o maior número de peixes de modo esportivo e como recompensa poderá despoluir os rios,riachos e lagos, criando um ambiente saudável a cada meta vencida.

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Fórum de discussão sobre a Lei do Piso


O advogado Salomão Ximenes, da ONG Ação Educativa, responde nesta página a dúvidas sobre a Lei do Piso. Participe!

Você conhece bem a Lei do Piso? Sabe que profissionais da Educação têm direito aos vencimentos mínimos de 1451 reais? Será que esse valor pode ser proporcional, se a carga horária for inferior? E a rede de ensino? Ela pode mudar o contrato de trabalho sobre os professores para cumprir as exigências da lei?
Para ajudá-lo a esclarecer essas e outras dúvidas, convidamos o advogado Salomão Ximenes (foto), da ONG Ação Educativa, para participar de um fórum sobre a Lei do Piso. Ximenes representou a Campanha Nacional pelo Direito à Educação no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre a Lei do Piso. Acesse os links indicados no quadro ao lado e faça os testes sobre a Lei. Veja as reportagens que tratam do tema (feitas pela equipe da revista GESTÃO ESCOLAR) e deixe sua pergunta na caixa de comentários para Ximenes até o dia 29 de junho. Ele responderá às perguntas entre os dias 29 de junho e 1 de julho.

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Diretrizes para o ensino de direitos humanos são aprovadas pelo MEC

Após dois anos de debates, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante , aprovou o parecer do Conselho Nacional de Educação – CNE, que determina as diretrizes para o ensino de direitos humanos na educação básica e superior.
A partir da homologação, instituições de ensino de todo o Brasil deverão seguir as diretrizes na construção de seus programas pedagógicos, de seus regimentos e planos de desenvolvimento. O tema também deverá permear todos os processos da escola, da gestão à pesquisa e elaboração dos materiais didáticos.
A medida pretende abarcar toda a diversidade presente no cenário estudantil contemporâneo, promovendo uma formação mais ética, política e inclusiva. Segundo o documento, o objetivo é assegurar “o respeito mútuo, pelo outro e pelas diferentes culturas e tradições”.
O governo deve distribuir nas escolas públicas material didático específico sobre direitos humanos. Entre os temas a serem abordados estão a igualdade de direitos; reconhecimento e valorização das diferenças; globalidade sustentabilidade socioambiental, dignidade humana; transversalidade, vivência e globalidade; laicidade do Estado; e democracia na Educação.

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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Secretaria de Educação do Rio de Janeiro troca papel por computador para a aplicação de provas digitais

Um banco de dados com 80 mil questões está sendo estruturado para a aplicação das avaliações escolares da rede municipal de ensino carioca. A iniciativa deverá ter início no segundo semestre de 2012, com o uso de laptops para a realização de provas bimestrais.
“É algo que vai facilitar a vida do professor, principalmente na questão da correção automática das provas, sem que ele perca o controle sobre o desempenho do aluno, já que o sistema pode até produzir relatórios sobre a evolução dos estudantes”, explica a secretária municipal de Educação, Claudia Costin.
As provas digitais terão apenas questões de múltipla escolha. Para medir o conhecimento do aluno de uma forma mais aprofundada, o professor poderá lançar mão dos testes impressos. Em 2013, o sistema digital também será utilizado para um diagnóstico do nível de letramento dos alunos do ensino fundamental.

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sábado, 23 de junho de 2012

Governo falha ao introduzir tecnologia na escola

Constatação é de pesquisa do Cetic.br. Professores de unidades públicas quase não utilizam PC e web nas atividades mais frequentes

Os professores de escolas públicas brasileiras quase não utilizam recursos tecnológicos – como computadores e internet – nas atividades mais realizadas em sala de aula. A constatação é de uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), órgão responsável pela produção de indicadores sobre uso da internet no Brasil.
As atividades realizadas diariamente pela maioria dos professores ouvidos pelo levantamento – aulas expositivas, exercícios, interpretação de textos e suporte personalizado a estudantes – são as situações em que computadores e internet são menos usados. As ferramentas tecnológicas são usadas por apenas 13% dos docentes no atendimento individual a alunos, por 16% dos educadores na interpretação de texto, por 21% deles na resolução de exercícios e por 24% durante aulas expositivas.
As atividades que exigem pesquisa são menos frequentes nas escolas pesquisadas – são realizadas uma vez por semana ou ainda com menor frequência pela maioria dos professores. Nessas ocasiões, o computador e a internet são um pouco mais empregados. Em 2011, 41% dos professores usaram tecnologia em sala para pesquisas em livros, revistas e internet. A parcela de professores que usa tecnologia para auxiliar na produção de material pelos alunos foi de 31%.
"Quando as atividades deixam de ser diárias, o professor faz uso de tecnologias de informação e comunicação", explica Juliano Cappi, coordenador de pesquisas do Cetic.br. "Com os dados que recolhemos dos anos de 2010 e 2011, podemos constatar que a adoção de tecnologia nas salas de aula não aumentou, apesar dos esforços do governo."
Os alunos de escolas públicas adotam tecnologias para atividades escolares em um ritmo mais rápido do que seus professores, de acordo com o Cetic.br. Computadores e internet são usados por 82% dos estudantes para fazer pesquisas. O uso desses recursos para realizar projetos, fazer exercícios e jogar games educativos chega a 72%, 60% e 54%, respectivamente.
Infraestrutura – Os equipamentos nas escolas pesquisadas são escassos. Cada unidade tinha, em 2011, uma média de 500 alunos, 20 computadores de mesa e três notebooks. Além disso, 25% das escolas possuem conexão de internet com velocidade inferior a 1 Mbps (megabits por segundo). O número insuficiente de computadores, a ausência de internet e a baixa velocidade da conexão são apontados por professores e coordenadores das escolas como as principais limitações para a adoção de tecnologia nas salas de aula.
"A abordagem do governo federal é a de levar computadores às escolas através de laboratórios", explica Cappi. Apesar disso, a pesquisa revela que docentes que levam computadores à sala de aula fazem mais uso de tecnologia em atividades escolares do que colegas que escolhem levar os alunos ao laboratório. "A iniciativa dos professores tem sido fundamental para a integração de tecnologia." O estudo aponta que os professores estão comprando mais notebook e que 50% deles levam seu notebook para a escola. Dos docentes que têm notebook, 76% compraram o aparelho com recursos próprios.
Escolas particulares – Os professores de escolas particular seguem o mesmo padrão dos de escolas públicas: quanto mais frequente a atividade, menor o uso de tecnologia. Apesar disso, computadores e internet são mais empregados. A presença de tais recursos nas aulas expositivas é de 24% em escolas públicas, contra 36% em unidades privadas.
O estudo do CGI.br analisou 497 escolas públicas e 153 particulares. Entre os professores, foram ouvidos apenas aqueles que ministram disciplinas de português e matemática. Colégios federais, rurais, escolas que só têm educação infantil e escolas de educação de jovens adultos (EJA) não foram ouvidas.

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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Metade dos professores leva o próprio notebook para a sala de aula

Docentes tentam sozinhos levar tecnologia à sala de aula, diz pesquisa.
76% deles compraram o computador com recursos próprios em 2011.

 
Os professores da rede pública estão investindo cada vez mais tempo e dinheiro na própria formação em tecnologia para incorporar o uso de computadores e internet na sala de aula, segundo a edição de 2011 da pesquisa TIC Educação, divulgada na manhã desta terça-feira (19) pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br) em São Paulo. Os dados mostram que o número de professores que comparam um notebook (computador portátil) com recursos pessoais próprios aumentou de 65% para 76% entre 2010 e 2011.
Também cresceu de 41% para 50% a quantidade de docentes que levam seu próprio notebook para a escola. A pesquisa foi feita com 1.821 professores de língua portuguesa e matemática de escolas públicas e particulares, e ouviu ainda 6.385 alunos do 5º e 9º ano do fundamental e 2º ano do ensino médio, 605 coordenadores pedagógicos e 641 diretores.
No grupo de professores, 94% dos entrevistados afirmaram ter computador em casa, e 88% disseram que ele tem acesso à internet. De acordo com o CGI.br, esse número é mais expressivo que os dados sobre a população: a média de acesso à internet em domicílios brasileiros é de 38%.
Segundo a pesquisa, ainda falta às redes públicas estadual e municipal -- colégios federais e escolas rurais foram excluídos da amostra -- investir na introdução de computadores na sala de aula. Apesar de o número de escolas com computador conectado à internet ter crescido de 92% para 100% entre 2010 e 2011, o número de salas de aula com o equipamento continuou em apenas 4%. Porém, a quantidade de professores que afirma ter a sala de aula como local de uso mais frequente de computador nas atividades escolares quase dobrou: foram 13%, em comparação a 7% no ano anterior. O laboratório de informática ainda é o local de uso mais frequente apontado pela maioria: 76%, de acordo com os dados.


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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Professores culpam alunos e famílias por baixo rendimento dos estudantes


Para os professores das escolas públicas, a dificuldade de aprendizagem dos alunos não é culpa deles: apenas 11% dos profissionais creditam o baixo rendimento ao não cumprimento do currículo ou à insegurança física da escola. A responsabilidade sobre o fracasso, para 60% deles, é da família e do próprio aluno. Os dados foram tabulados a partir do questionário da Prova Brasil 2009, respondido por 216.495 docentes de instituições públicas de todo o País, que lecionam para alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental. No ranking dos culpados, com 14 opções de resposta, entre as sete primeiras posições estão o nível cultural dos pais e, entre os alunos, a baixa autoestima, o desinteresse e a indisciplina.

Fonte: http://www.focandoanoticia.com.br
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terça-feira, 19 de junho de 2012

20 qualidades do professor ideal


Ao listar características de bons professores, o Referencial para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente reconhece que nem todos podem ser avaliados por provas

O docente ideal:
1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.
2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos.
3. Conhece as didáticas das disciplinas.
4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.
5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem.
6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.
7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.
8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.
9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.
10. Institui e mantém normas de convivência em sala.
11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.
12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos.
13. Aplica estratégias de ensino desafiantes.
14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.
15. Otimiza o tempo disponível para o ensino.
16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.
17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo.
18. Trabalha em equipe.
19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.
20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.

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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Microsoft lança rede social só para professores


Microsoft PIL já tem mais de 4 milhões de usuários em 119 países

A Microsoft desenvolveu uma rede social para conectar professores de todo o mundo. A PIL (sigla em inglês para Parceiros na Aprendizagem), que surgiu como projeto da empresa em 2003, hoje conta com mais de quatro milhões de usuários em 119 países.
Segundo o diretor de educação da Microsoft, Emílio Munaro, a meta é dobrar o número de perfis na rede até 2014. "A PIL é um espaço colaborativo, onde professores podem trocar ideias e compartilhar experiências", diz. "O objetivo é falar de educação como um todo, do comportamento de alunos em sala de aula a questões sobre tecnologia no ensino."
De acordo com uma pesquisa realizada pela Microsoft, o Brasil está entre os 15 países que mais participam da rede. Para o professor Jorge Cesar Coelho, cadastrado no site há um ano, essa grande participação se justifica pela facilidade de uso das ferramentas da PIL.
"Eu conheço outras redes que oferecem conteúdo educacional, mas geralmente é muito fraco. Elas têm apresentações de PowerPoint e só. Na PIL há mais recursos, que, embora sofisticados, são muito simples de usar", comenta o professor, que mantém um grupo de discussão com colegas de Índia, Estados Unidos, Arábia Saudita e Taiwan graças às ferramentas de tradução da rede.
Além de converter textos para 36 idiomas diferentes, a PIL apresenta vídeos tutoriais que ensinam como customizar videogames para fins didáticos ou como criar uma rádio digital para ouvir notícias da época de Pedro Álvares Cabral, por exemplo. "Hoje em dia é preciso estimular o aluno, criar jogos para ele passar de fase, usar a tecnologia de forma mais dinâmica", diz Coelho.
Embora seja destinada a professores, a PIL, assim como outras redes sociais, não está imune a perfis falsos. De acordo com o diretor de educação da Microsoft, existe uma equipe da empresa responsável por fiscalizar os conteúdos publicados na rede, mas não há como comprovar se determinada conta é mantida por um educador de verdade.
Entretanto, segundo o professor Coelho, é possível desconfiar dos perfis fakes. "Quando cadastramos nosso perfil no site, geralmente o atrelamos ao perfil de uma unidade escolar. Se uma pessoa não identifica o lugar onde trabalha, já é considerada suspeita", diz. "Existe uma espécie de autorregulação, mais ou menos como acontece na Wikipedia". 
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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Conteúdo do ano não é cumprido por professores

Segundo especialistas, isto é reflexo dos problemas da educação brasileira

Nas escolas brasileiras, o aluno é promovido de série sem que tenha tido acesso a todo o conteúdo previsto. Dados da Prova Brasil mostram que 75% dos professores desenvolvem menos de 80% do que deveria ser trabalhado no ano.

Os dados foram tabulados pelo Estado a partir do questionário da Prova Brasil 2009, respondido por 216.495 docentes de instituições públicas de todo o País que dão aulas para alunos do 5.º e 9.º ano do ensino fundamental, público-alvo da avaliação.

Os Estados da Região Nordeste apresentam os piores porcentuais de cumprimento do currículo. Nos Estados do Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Maranhão, por exemplo, quase 30% dos docentes não conseguem cumprir nem a metade do currículo proposto.

Nesses locais, o índice de professores que conseguem cumprir mais de 80% do conteúdo previsto cai para apenas 10%.


Um reflexo desse ensino incompleto está nos resultados da Prova Brasil. Quanto terminam o 5.º ano, 34,2% dos alunos têm conhecimento de português adequado à série. Em matemática, o índice é de 32,5%. Ao fim do 9.º ano, o rendimento piora ainda mais: apenas 14,7% dos alunos sabem o mínimo em matemática e 26,2%, em português.A especialista em Gestão Educacional da Fundação Itaú Social, Maria Carolina Dias, explica a queda de rendimento dos alunos.

— Isso acontece porque os conteúdos são cíclicos, retornam em anos seguintes de forma mais complexa. Se o aluno não o aprendeu bem, não conseguirá acompanhar na série seguinte.

Mas não basta responsabilizar o professor. O não cumprimento do conteúdo, segundo especialistas, reflete problemas complexos da educação brasileira, como a formação deficiente dos docentes, a falta de um acompanhamento pedagógico da escola e, principalmente, a necessidade de que o País implante um currículo nacional coerente e que priorize os conteúdos elementares.
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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Jogo sobre "Tempos Verbais"

 Joguinho para estudar os Tempos verbais.

Os tempos estão identificados pelas palavras ontem, hoje e amanhã.

Clique AQUI ou nas imagens para jogar.


Fonte:http://utilizandomidias.blogspot.com.br/
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terça-feira, 12 de junho de 2012

Documentário narra a história de pessoas que participaram do Método Alfabetização em Oito Aulas

Claudiomiro é pedreiro. Antes de aprender ler e escrever, errava orçamentos e tinha dificuldades para entender projetos de obras. Schaiele precisava de altas notas para não reprovar na escola. Por repetir de série diversas vezes e não conseguir ser alfabetizado, os professores de Jhonathan disseram que ele necessitaria de educação especial. Com 62 anos, o pintor Lídio envergonhava-se por se perder nas grandes cidades. Não lia placas de rua, nem letreiros de ônibus. E dona Lenira se atrapalhava com as medidas das receitas. Situações desagradáveis transformadas em passado depois que eles participaram do método de Alfabetização em Oito Aulas.



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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Fábrica de poesia on-line


Siga o passo a passo destas ferramentas interativas e crie (e compartilhe) suas produções poéticas


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sábado, 9 de junho de 2012

Software possibilita maior eficiência no ensino de disléxicos


O processo de alfabetização não é simples. São novos signos, fonemas, esquemas ortográficos, significados diversos para coisas que antes eram apenas símbolos em um papel. Além da dificuldade natural que é entrar no mundo das palavras pela primeira vez, há crianças que apresentam defasagem insistente em relação ao ritmo de aprendizagem do restante da turma, o que pode ser um sinal de dislexia. "É uma diferença no processamento de informações", resume Maria Inêz Ocanã De Luca, neuropsicóloga especialista na área.
A profissional também explica que a dislexia pode ser observada em três níveis: leve, moderada e severa, dependendo do quão complicado é para essa criança a interpretação de signos e textos.
Partindo do problema que é encontrar uma forma de facilitar a alfabetização dessas crianças, Cíntia Salgado Azoni, doutora em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), fez sua tese - concluída em 2010 - com o intuito de desenvolver um software para aumentar a absorção das lições por parte dos disléxicos. Agora, os pesquisadores da Unicamp estão implantando melhorias no programa de computador para que seja possível usá-lo também com adolescentes que apresentem as mesmas condições.
A pesquisa, que gerou o Programa de Remediação Fonológica (Prefon), reuniu 31 crianças entre 9 e 12 anos diagnosticadas com o distúrbio. Dessas, um grupo fez uso do software e o outro, primeiramente, não. "O grupo que usou apresentou significativa melhoria. Melhoraram em vários aspectos, como nas habilidades da linguagem, atividades de consciência fonológica, memória e trabalho", conta Cíntia. Ela ressalta que o processo não é de cura, mas de melhoria do quadro geral da criança.
Podendo ser manipulado pela própria criança, mas contando com acompanhamento de um profissional, o programa funciona em qualquer computador. Nele, o aluno é estimulado a realizar diversas atividades, como jogos. Uma parceria com alunos de mestrado do Instituto de Biologia da universidade permitiu o desenvolvimento de atividades para manter a atenção e o desempenho das crianças. Há muitos estímulos visuais e auditivos para auxiliar no aprendizado mais efetivo das lições no processo de alfabetização, e são usadas estratégias de linguagens nas quais as crianças com dislexia têm mais dificuldade, como a rima.
Disléxicos no País
Há parcerias com outros órgãos de ensino, e o projeto teve o apoio do Instituto ABCD. No entanto, não há verba governamental direta nem projeção de implantação do sistema nas redes de ensino do País. Cíntia cita que alguns estudos apontam para uma taxa de 2% de efetivos disléxicos entre os jovens que apresentam dificuldade de aprendizagem. O número é pequeno, mas o diagnóstico também não é simples de ser feito. Ela afirma que no laboratório onde trabalha na Unicamp há uma preocupação em apurar o real problema por meio de uma avaliação interdisciplinar.

A neuropsicóloga Maria Inêz explica que não há uma legislação específica que garanta os direitos dos disléxicos no Brasil. Eles acabam amparados por regras mais genéricas, que tratam de crianças com deficiências de um modo geral. "Algumas escolas trabalham muito bem, outras, nada bem. Há um projeto em andamento para a aplicação de provas orais nessas crianças, mas há certa dificuldade em passar leis desse tipo porque é necessário o reconhecimento de que existe um transtorno e que ele precisa ser tratado e, quando esse reconhecimento existe, o governo tem que propiciar solução", explica.
Já que não há quem efetivamente garanta um tratamento diferenciado para quem apresenta esse distúrbio cognitivo, a vida de quem tem dislexia não é fácil em nenhum nível educacional, seja em ensino fundamental, médio ou mesmo superior. E não é só a falta de recursos e treinamento dos professores que atrapalha. Maria Inêz explica que, como há muita competição entre as escolas particulares no sentido de terem um bom índice de aprovação no vestibular, muitos jovens com dificuldades de cognição são convidados a se retirar dos colégios que frequentam.
A Associação Brasileira de Dislexia, órgão ao qual a neuropsicóloga é ligada, oferece periodicamente treinamento para professores das redes pública e privada que queiram entender melhor os processos de ensino para uma criança com dislexia. Alguns, com valor mais acessível, para incentivar a reciclagem dos profissionais. Mais informações sobre esses cursos podem ser obtidas no site da instituição. site da instituição. "São pequenas diferenças que podem ser feitas em sala de aula, mas que demandam interesse, disposição e tempo dos profissionais", diz Maria Inêz.
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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Aumentar espaço entre as letras ajuda disléxicos a ler, diz estudo


Crianças disléxicas podem ler melhor e mais rápido quando há uma separação maior entre as letras de um texto, segundo estudo publicado na última segunda-feira (4) na revista Atas da Academia Americana de Ciências (PNAS, na sigla em inglês).
O trabalho, realizado por cientistas europeus com 54 crianças italianas e 40 francesas, todas com dislexia e idades entre 8 e 14 anos, mostrou que a precisão para decifrar palavras dobra e a velocidade de leitura aumenta 20% quando o espaço entre as letras é maior.
"Nossos resultados proporcionam um método prático para melhorar a leitura dos disléxicos sem necessidade de treinamento especial", concluiu o estudo chefiado por Marco Zorzi, do Departamento de Psicologia da Universidade de Pádua (Itália). Os cientistas atribuem o feito a que, com um espaço maior, se mitiga o fenômeno de "aglomeração" das letras que leva os disléxicos a não conseguirem distinguir claramente os caracteres.
Os trabalhos apresentados às crianças incluíram 24 frases curtas que elas deviam ler em duas versões: uma com o texto apresentado de forma normal e outra com o texto apresentado com espaço maior entre as letras.
O texto normal estava escrito com corpo de letra de 14 pontos, enquanto na outra versão, o espaço entre as letras aumentou 2,5 pontos (um ponto corresponde a 0,353 mm, segundo os padrões).
"O espaço entre I e L na palavra italiana 'il' (que significa ele) passou de 2,7 pontos (...) para 5,2 pontos", explicou o estudo.
Os resultados são particularmente animadores porque separar mais as letras não só aumenta a velocidade de leitura das crianças disléxicas, mas beneficia especialmente os disléxicos mais graves, o que demonstra a eficácia do método.
Este, no entanto, não faz efeito nas crianças não disléxicas, segundo os autores, provenientes da Universidade de Aix-Marseille (França) e do Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS).
A dislexia é um transtorno que afeta a parte do cérebro dedicada à interpretação da língua. Não tem cura e estima-se que afete 15% dos americanos. Para tratá-la, costuma recomendar-se tutoria adicional e um intenso enfoque na leitura.
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quinta-feira, 7 de junho de 2012

OBJETO DE APRENDIZAGEM



Segue um Objetos de Aprendizagem que encontrei no blog da Educ@ TIC. Web física é um site sobre a introdução às ciências físicas, excelente objeto de aprendizagem. E tem como objetivo estudar os movimentos da terra, estações do ano, fases da lua e eclipses.


Clique aqui e boa aula...


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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ministro defende inclusão de alunos com deficiência em classes regulares


Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, 31, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a política de estímulo à educação especial em classes regulares. “O Brasil tem que ter 100% das crianças e jovens com deficiência na escola. A escola de atendimento especial é um direito, sim, mas para ser exercido de forma complementar e não excludente”, enfatizou.

Mercadante citou dados do censo da educação básica, que mostram que no ano 2000 havia apenas 21,4% das pessoas com deficiência matriculadas no ensino regular público. Em 2011, o número saltou para 74,2%. Além disso, 22% das escolas hoje têm acessibilidade. Há 12 anos, eram apenas 2,2%. Em relação ao acesso, segundo o ministro, 69% dos favorecidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão nas escolas públicas. E 78% dos professores já passaram por formação em educação especial. 

“A política de educação inclusiva permitiu um crescimento espetacular, de forma que os estudantes com deficiência convivem com os outros alunos e os outros alunos convivem com eles”, afirmou Mercadante. Ele lembrou ainda que escolas estão sendo reformadas e ônibus escolares adaptados para permitir a acessibilidade. 

O ministro destacou que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) contabiliza dupla matrícula para os estudantes com deficiência da rede pública. Isso para que possam frequentar escolas regulares em um turno e atendimento especializado em outro. “O aluno tem que fazer o ensino regular e o especial e isso é referendado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU de 2006 e pela Conferência Nacional de Educação de 2010. Essa é uma discussão já superada”, disse. 

Na visão do ministro, os jovens com deficiência demonstram cada vez mais inserção no mercado de trabalho e atuam com competência. “É isso que queremos, não vamos de novo segregar, como fazíamos há 10 anos. Pelo contrário, temos que buscar ainda centenas de milhares de jovens pobres com deficiência que não conseguem chegar à escola, um a um”. 

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terça-feira, 5 de junho de 2012

Portal aponta 100 maneiras de usar o Facebook em sala de aula


Criar um grupo de discussão no Facebook e adotá-lo como uma extensão das salas de aula. Aproveitar esse espaço para tirar dúvidas de alunos, compartilhar materiais que se relacionam com os temas abordados e até mesmo propor desafios ou tarefas de casa. Isso sem falar da possibilidade de contatar um especialista sobre determinado assunto e utilizá-lo como fonte para uma pesquisa escolar. Essas são algumas das 100 indicações de utilização da rede social em sala de aula propostas pelo Portal Universia.
"Os jovens já passam horas durante o dia em frente ao Facebook, seja brincando ou se relacionando", afirma Alexsandra Bentemuller, gerente de conteúdo do Universia."Por que não aproveitarmos isso e propormos a eles uma utilização educativa da plataforma?", questiona.
Alexsandra enxerga na rede um potencial muito grande de comunicação e acredita que suas possiblidades trariam um maior dinamismo para relação entre alunos e professores. "O Facebook tiraria um pouco da formalidade que hoje existe nessa relação que, na maior parte das vezes, não é benéfica do ponto de vista pedagógico", diz.
O professor de Tecnologia da Informação da ESPM, Rafael Lamardo, utiliza a rede em suas aulas, mas admite que a experiência nem sempre é bem vista por outros profissionais. "Estamos rompendo com um paradigma e isso é sempre um desafio, ainda mais quando falamos de educação", comenta. Para Lamardo, a internet otimiza suas aulas, já que ao longo das exposições, recebe inúmeras contribuiçoes de alunos que encontraram um novo conteúdo ou novo ponto de vista sobre o assunto tratado e os trazem para a discussão.
O professor admite ainda que grande parte da interação que tem com os alunos se dá por meio das redes sociais. "Nem sempre esgotamos um assunto em aula e, justamente por isso, os alunos que são mais interessados acabam me contatando pelo Facebook ou pelo Twitter.
As 100 dicas de utilização do Facebook em sala de aula podem ser conferidas em:http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/05/25/936671/100-maneiras-usar-facebook-em-sala-aula.html
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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Reinventando a educação

Por Leonardo Boff


Muniz Sodré, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é alguém que sabe muito. Mas o singular nele é que, como poucos, pensa sobre o que sabe. Fruto de seu pensar é um livro notável que acaba de sair: Reinventando a educação: diversidade, descolonização e redes (Vozes 2012).

Nesse livro procura enfrentar os desafios colocados à pedagogia e à educação que se derivam dos vários tipos de saberes, das novas tecnologias e das transformações processadas pelo capitalismo. Tudo isso a partir de nosso lugar social que é o Hemisfério Sul, um dia colonizado e que está passando por um instigante processo de neodescolonização e de um enfrentamento com o debilitado neoeurocentrismo hoje devastado pela crise do Euro.
Muniz Sodré analisa as várias correntes da pedagogia e da educação desde a Paideia grega até o mercado mundial da educação que representa uma crassa concepção da educação utilitarista, ao transformar a escola numa empresa e numa praça de mercado a serviço da dominação mundial.
Desmascara os mecanismos de poder econômico e político que se escondem atrás de expressões que estão na boca de todos como “sociedade do conhecimento ou da informação”. Melhor dito, o capitalismo-informacional-cognitivo constitui a nova base da acumulação do capital. Tudo virou capital: capital natural, capital humano, capital cultural, capital intelectual, capital social, capital simbólico, capital religioso… capital e mais capital. Por detrás se oculta uma monocultura do saber, aquele maquínico, expresso pela “economia do conhecimento” a serviço do mercado.
Hoje, projetou-se um tipo de educação que visa a formação de quadros que prestam “serviços simbólico-analíticos”, quadros dotados de alta capacidade de inventar, identificar problemas e de resolvê-los. Essa educação “distribui conhecimentos da mesma forma que uma fábrica instala componentes na linha de montagem”.
A educação perde destarte seu caráter de formação. Ela cai sob a crítica de Hannah Arendt que dizia: “pode-se continuar a aprender até o fim da vida sem, no entanto, jamais se educar”. Educar implica aprender sim a conhecer e a fazer; mas, sobretudo, aprender a ser, a conviver e a cuidar. Comporta construir sentidos de vida, saber lidar com a complexa condition humaine e definir-se face aos rumos da história.
O que agrava todo o processo educativo é a predominância do pensamento único. Os americanos vivem de um mito o do “destino manifesto”. Imaginam que Deus lhes reservou um destino, o de ser o “novo povo escolhido” para levar ao mundo seu estilo de vida, seu modo de produzir e de consumir ilimitadamente, seu tipo de democracia e seus valores de livre mercado. Em nome desta excepcionalidade, intervêm pelo mundo afora, até com guerras, para garantir sua hegemonia imperial sobre todo o mundo.
A Europa não renunciou ainda a sua arrogância. A Declaração de Bolonha de 1999 que reuniu 29 ministros da Educação de toda a Europa, afirmava que só ela poderia produzir um conhecimento universal, “capaz de oferecer aos cidadãos as competências necessárias para responder aos desafios do novo milênio”. Antes a imaginada universalidade se fundava nos direitos humanos e no próprio Cristianismo com sua pretensão de ser a única religião verdadeira. Agora a visão é mais rasteira: só a Europa garante eficácia empresarial, competências, habilidades e destrezas que realizarão a globalização dos negócios. A crise econômico-financeira atual está tornando ridícula esta pretensão. A maioria dos países não sabe como sair da crise que criaram. Preferem lançar inteiras sociedades no desemprego e na miséria para salvar o sistema financeiro especulativo, cruel e sem piedade.
Muniz Sodré em seu livro traz para a realidade brasileira estas questões para mostrar com que desafios nossa educação deve se confrontar nos próximos anos. Chegou o momento de construirmo-nos como povo livre e criativo e não mero eco da voz dos outros. Resgata os nomes de educadores que pensaram uma educação adequada às nossas virtualidades, como Joaquim Nabuco, Anísio Teixeira e particularmente Paulo Freire. Darcy Ribeiro falava com entusiasmo da “reinvenção do Brasil” a partir da riqueza da mestiçagem entre todos representantes dos 60 povos que vieram ao nosso país.
A educação reinventada nos deve ajudar na descolonização e na superação do pensamento único, aprendendo com as diversidades culturais e tirando proveito das redes sociais. Deste esforço poderão nascer entre nós os primeiros brotos de um outro paradigma de civilização que terá como centralidade a vida, a Humanidade e a Terra.
Leonardo Boff é teólogo, filósofo e escritor. É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Ecologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística.

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sábado, 2 de junho de 2012

Mercadante destaca valores humanos do processo educacional


Ao participar da cerimônia de homologação das Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, explicou nesta terça-feira que as normas vão orientar todas as atividades pedagógicas em sala de aula na tentativa de desenvolver um processo de formação voltado para o respeito à diversidade, contra a violência e a favor da solução pacífica de conflitos.
"A escola forma do ponto de vista técnico-profissional, do ponto de vista acadêmico-científico, mas tem que ser uma escola de valores, que forma para a vida e a vida em sua plenitude. Essas diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE) orientam essa escola nos valores que temos que impulsionar no cotidiano da escola pública brasileira", ressaltou.
As diretrizes têm como fundamento os seguintes princípios: a dignidade humana; a igualdade de direitos; o reconhecimento e a valorização das diferenças e das diversidades; a laicidade do Estado; a democracia na educação; a transversalidade, a vivência e a globalidade; e a sustentabilidade socioambiental.
Já a inserção dos conhecimentos no âmbito dos direitos humanos, na organização dos currículos da educação básica e da educação superior, poderá ocorrer das seguintes formas: pela transversalidade, por meio de temas relacionados aos direitos humanos e tratados interdisciplinarmente ou como um conteúdo específico de uma das disciplinas já existentes no currículo escolar; e ainda de maneira mista, combinando transversalidade e disciplinaridade.
Na cerimônia, Mercadante disse que vê a homologação das diretrizes não como ponto de chegada, mas como ponto de partida, já que é preciso transformá-las em experiências didáticas, pedagógicas e cotidianas em uma rede que tem 2 milhões de professores e 56 milhões de alunos.
De acordo com o ministro, o país registra anualmente, apenas em escolas públicas, entre 6 mil e 8 mil casos de bullying - ato de agredir fisicamente ou verbalmente alguém, de forma intencional e continuada. "Tudo isso tem que ser enfrentado com coragem, com reflexão pedagógica e com uma orientação cuidadosa. Essas diretrizes, que foram aprovadas por unanimidade no Conselho Nacional de Educação, apontam um caminho para que isso possa avançar", destacou.
O presidente do CNE, Antônio Carlos Caruso Ronca, classificou a homologação das diretrizes como um momento para celebrar a possibilidade de mudança e de tempo novo. "Quando nos metemos nessa aventura, percebemos que precisaria ser construído por muitas mãos", disse, ao explicar que mais de 25 pessoas participaram ativamente da elaboração das normas. "Sabemos que, se não atingirmos a escola, a educação básica e superior, a mudança será muito lenta - se houver alguma. A realização desse sonho nos deve levar à consciência de que precisamos continuar e divulgar, espalhar, refletir, levar a escola a pensar".
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, avaliou que as normas representam "um ato ousado" que aborda temas como o próprio bullying, mas também o racismo e a discriminação de viés homofóbico.
"É algo concreto que cada professor e professora, cada educador e educadora, nas redes formais ou não formais, terão como referência como produzir valores efetivos para uma sociedade que enfrenta a banalização da violência com a qual convivemos no cotidiano", disse. "Como diretrizes, elas pressupõem que é na escola e nos processos de educação que os educadores e a sociedade poderão estar produzindo melhores possibilidades com os direitos humanos", completou.
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