Uma professora de 51 anos, que leciona em escola municipal localizada no distrito de Cláudio Manoel, em Mariana (MG), foi ameaçada de morte por um adolescente de 17 anos após ter pedido a ele que abaixasse o tom de voz dentro da sala de aula.
Segundo a Polícia Militar mineira, o rapaz teria se enfurecido por ter sido advertido na frente dos demais colegas, na tarde de quinta-feira (12). De acordo com o boletim de ocorrência, após a advertência, o aluno insultou a professora com palavrões, momento em que ela o expulsou da sala de aula. Ainda conforme a polícia, o aluno saiu da escola e foi até sua casa, de onde voltou à unidade de ensino munido de uma faca.
No entanto, o rapaz teria desistido de atacar a educadora por funcionários da instituição de ensino, que conseguiram acalmá-lo, de acordo com informações da polícia.
Porém, ao retornar para casa, o adolescente teria ficado irritado com o fato de a professora ter informado ao pai dele, por telefone, sobre o que havia ocorrido na sala de aula. O rapaz então retornou à escola de posse de uma outra faca. Ao vê-lo, a educadora se abrigou na sala dos professores, onde colocou uma mesa escorando a porta para impedir a entrada do aluno.
Conforme a polícia, o rapaz desferiu vários golpes de faca contra a porta, conseguiu entrar no recinto e agarrou a mulher pelo braço, dizendo que poderia facilmente matá-la. Com a intervenção de funcionários da escola e de integrantes da guarda municipal, o agressor foi desarmado e dominado, mas conseguiu se desvencilhar e fugiu para uma mata nos fundos da escola. A professora não se feriu na ação.
A Polícia Militar foi acionada e conseguiu apreendê-lo. O menor apresentava um ferimento na mão que, segundo a polícia, foi causado pelas pancadas que havia dado na porta. O suspeito foi encaminhado a um hospital e, em seguida, foi levado a uma delegacia da Polícia Civil, onde prestou depoimento e foi registrado um auto de apreensão em flagrante por ato infracional.
Ainda segundo a polícia, o menor foi entregue aos pais por não haver um centro de internação na cidade para abrigar menores infratores. O caso será enviado a juiz de vara da Infância e Juventude.
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