sábado, 31 de março de 2012

Excel ajuda a organizar dados e economizar tempo

A finalidade principal do Excel é organizar dados. Apesar de reunir muitas funcionalidades que poderiam facilitar as atividades rotineiras do professor, o programa, que faz parte do pacote Office da Microsoft, não está entre os preferidos dos educadores. O software pode parecer complicado no primeiro contato, porém seu objetivo é justamente descomplicar e automatizar as tarefas repetitivas. A cada nova versão, o uso do Excel fica mais fácil e intuitivo, com uma maior quantidade de comandos na barra de ferramentas para a realização de cálculos, classificações e visualizações com apenas alguns cliques. Segundo Alexandre da Costa Crespo, coordenador pedagógico da Microlins, de Campinas (SP), professor de informática há pelo menos 15 anos e responsável pela elaboração de materiais didáticos sobre Excel, as principais mudanças no programa ocorreram da versão 2003 para a de 2007, quando o softwarerecebeu um novo layout. Na mais recente, de 2010, as novidades mais importantes estão relacionadas ao tratamento de imagens e a tabelas dinâmicas, para usuários mais avançados. “As versões de 2007 e 2010, para quem nunca viu o programa, são muito mais fáceis de aprender do que a anterior. As ferramentas ficam mais disponíveis e existe uma interatividade maior. Se houver alguma dúvida, basta posicionar o mouse sobre a ferramenta que aparece uma explicação sobre o que ela faz”, salienta Crespo.
O Excel pode ser muito útil para organizar o dia a dia do professor e serve, por exemplo, para criar planilhas de diários de classe, acompanhamento das aulas, controle de notas e, inclusive, para calcular as médias dos alunos e exibir os resultados em gráficos. As planilhas comportam grande quantidade tanto de textos quanto de números. O trabalho maior é o inicial, na hora de criar o modelo. Cumprida essa etapa, basta realimentar os documentos com os novos dados. Para ensinar o leitor da Profissão Mestre a usar algumas funcionalidades do Excel, vamos tomar como base uma tabela de controle de notas de alunos, elaborada por Alexandre Crespo, que realiza o cálculo das médias e também revela se o estudante foi aprovado ou reprovado.
Células
Os arquivos do Excel são formados por linhas e colunas. As linhas são rotuladas por números e as colunas por letras. Os cruzamentos das linhas e colunas formam as células, espaços onde são armazenadas as informações. A referência da célula é composta pela identificação da coluna e da linha, como A1, que corresponde à primeira linha e coluna. Para começar a fazer uma planilha, clique duas vezes com o mouse na célula desejada e insira os dados, que também podem ser copiados do Word sem perda da formatação.
Formatação
As opções de formatação de texto do Excel são muito parecidas com as do Word. As abas da guia “Início”, no canto superior esquerdo, são praticamente idênticas. É possível mudar o tipo da fonte, cor, tamanho, alterar a cor de preenchimento das linhas ou colunas, entre outras possibilidades.
Alinhamento
Na aba “Alinhamento”, ainda na guia “Início” do menu principal, além de alinhar à direita, esquerda ou centralizar, é possível mudar a orientação do texto no botão “ab”. Basta clicar na célula desejada ou selecionar a área da planilha com o botão esquerdo do mouse apertado e escolher a nova orientação, como sentido horário, anti-horário, vertical, etc. Ainda nessa divisão do menu, existe a opção de mesclar células. Selecione as células que deseja fundir em uma só e clique em “Mesclar e Centralizar”.
Classificação
Também é fácil organizar os registros por ordem alfabética; basta selecionar os textos e clicar em “Classificar e Filtrar” na aba “Edição”. Além disso, é possível personalizar a classificação por outras variáveis, como cor da célula.
Inserir e excluir
Na aba “Células”, existem comandos para inserir, excluir e formatar linhas e colunas, inclusive com opções de autoajuste que moldam o espaço conforme o tamanho do texto. Também é possível executar essas e outras funções clicando no botão direito do mouse.
AutoSoma
Para efetuar cálculos matemáticos, vá até a guia “Fórmulas”. O segundo item do menu, chamado de AutoSoma, possibilita a realização de várias operações, como média e soma, com apenas um clique. Selecione na planilha a área a ser calculada e clique na operação desejada. Tomando como base a planilha de controle de notas, selecione as células com as notas dos quatro bimestres mais a próxima coluna em branco (que aparece na sequência) e clique em “Média”. O atalho para o comando AutoSoma também aparece no canto superior direito do menu da aba Início. Para visualizar o resultado e não a fórmula, clique em “Mostrar Fórmulas” na aba Auditoria de Fórmulas.
Funções
Para otimizar determinadas rotinas, é possível criar funções matemáticas, financeiras, estatísticas, entre outras, com a ajuda do botão “Inserir Função”, o primeiro do menu da guia “Fórmulas”. No modelo de planilha de controle de notas, há uma função criada para analisar a situação do aluno, com base na média, e exibir o resultado “Aprovado”, caso a nota tenha sido maior ou igual a 7, ou “Reprovado”, se a média for menor do que esse valor. No arquivo, a fórmula já aparece pronta em todas as linhas. Para exibir os resultados, clique novamente em “Mostrar Fórmulas” na aba “Auditoria de Fórmulas”. Essa função só funcionará se a coluna “Média” da planilha estiver preenchida.
Gráficos
Um recurso interessante que o Excel oferece para o professor acompanhar o aprendizado dos alunos de forma visual são os gráficos, localizados na guia “Inserir”. Nas versões 2007 e 2010, basta selecionar a área com os números que serão usados e clicar nas opções de modelo, como “Colunas”, “Linhas” e “Pizza”. Para treinar, usando o modelo de planilha divulgado em nosso site, selecione os nomes dos alunos e as notas dos quatro bimestres e clique em “Colunas” na aba “Gráficos”.
Configurações
Na guia “Layout de Página”, estão todas as opções para configurar a exibição e a impressão, como definição de margens e orientação da página (no formato retrato ou paisagem). Para deixar à mostra ou ocultar as linhas e grades da planilha, vá até a aba “Opções de Planilha” e clique em “Exibir” para “Linhas de Grade”.


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sexta-feira, 30 de março de 2012

Reflexão: Sobre a importância do perdão

Ser capaz de perdoar alguém é uma capacidade admirável, além de ser algo que todos nós podemos fazer. Aquele que é capaz de perdoar alguém, independentemente do que essa outra pessoa tenha feito, possui uma das qualidades mais bonitas do ser humano. O terapeuta e doutor em Finanças Eduardo Melo Valente, de Curitiba (PR), fala um pouco sobre essa atitude tão bela.

Vão-se os anéis e ficam os dedos
O que levamos dessa vida não são os bens materiais. Esses ficam. O que levamos efetivamente são os valores morais intrínsecos em nós. As capacidades de amar, de perdoar, de administrar uma família, de fazer e conservar amigos, de ser útil e prestativo ao próximo.
Qualidade exuberante
É preciso perdoar a si próprio pelos erros cometidos agora e no passado, seja em que época for, e perdoar as pessoas envolvidas nas situações vividas. Não importa quem tenha ou teve razão. O importante é a nossa capacidade de perdoar.
Praticar sempre
À medida que vamos exercitando nossa capacidade de perdoar, estamos dilatando nossa compreensão do ser humano. Estamos usufruindo desses benefícios todos que a sabedoria divina nos proporciona. Estamos, inclusive, trocando nossas dívidas maiores por dívidas menores, por meio do merecimento.
Chave para mudanças
O perdão auxilia no desenvolvimento espiritual. O perdão envolve pessoas, sentimentos e mágoas antigas. Ele altera as vibrações de nossos chakras, proporcionando-nos auras bonitas, brilhantes, de cores vivas, e iluminando todo o nosso ser.

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Laptops ficam guardados sem uso em escola de Brasília por falta de infraestrutura


A direção do Centro de Ensino 10 da Ceilândia, cidade da periferia de Brasília (DF), ficou animada quando soube que a escola tinha sido escolhida para participar do programa Um Computador por Aluno (UCA), do governo federal. A expectativa era que os laptops que seriam distribuídos para cada um dos 470 estudantes de ensino fundamental pudessem mudar o dia a dia em sala de aula. Mas o equipamento que tinha potencial para transformar o projeto pedagógico se tornou mero coadjuvante em função das dificuldades estruturais. A internet é muito lenta e não suporta um grande número de acessos simultâneos. Por isso as turmas precisam fazer um “rodízio” e os computadores passam a maior parte do tempo trancados dentro do armário. Em algumas turmas os alunos só usam a máquina uma vez por semana.
Além da internet lenta, outra falha estrutural dificulta a utilização dos laptops: faltam armários nas salas de aula para guardar os equipamentos. No projeto original, cada sala seria equipada com armários específicos para acomodar os computadores. Mas os móveis nunca chegaram e por isso a escola armazena quase metade dos equipamentos recebidos em um armário que fica no laboratório e tem cadeados para garantir que os aparelhos não sejam furtados. Com isso, as máquinas que eram para ser de uso individual são dividas pelas turmas do turno da manhã e da tarde.
“Nós tivemos que fazer algumas adaptações. Como não tínhamos onde guardar, nós pegamos parte dos computadores e deixamos no armário que tem cadeado. No começo todos os dias nós trazíamos do laboratório para a sala de aula e devolvíamos no final, mas a gente perdia muito tempo nesse trânsito. Por isso pelo menos 100 computadores dos 470 que recebemos ficam guardados lá sem uso”, explica a supervisora pedagógica, Cláudia Sousa.
No Distrito Federal, apenas sete escolas foram beneficiadas pelo programa do Ministério da Educação (MEC). À Secretaria de Educação do DF cabia o apoio técnico para que o projeto estivesse em pleno funcionamento. Mas a escola ainda não conseguiu contar com o órgão para resolver simples problemas como o dos armários. Cláudia acredita que as dificuldades impedem que o projeto seja explorado em todo o seu potencial. Segundo ela, a experiência é, às vezes, frustrante – tanto para professores como para alunos.
“Acho que poderia ser muito mais rico. Tem dia que a internet não funciona e às vezes o professor preparou uma aula e sai todo mundo frustrado porque o trabalho não pode ser feito. O professor, na verdade, tem a faca e o queijo na mão porque embora alguns tenham resistência ao uso do computador, os alunos caminham com as próprias pernas. Só que a gente esbarra nos problemas”, diz.
O UCA já está passando por uma segunda fase. Agora, os laptops não são mais distribuídos pelo MEC, mas podem ser adquiridos por prefeituras e governos estaduais, com recursos próprios e a preços reduzidos. O diretor de Formulação de Conteúdos Educacionais da Secretaria de Educação Básica do MEC, Sérgio Gotti, alerta que se não houver a infraestrutura necessária para apoiar o projeto, a compra dos computadores vira “um tiro no pé”.
“A aquisição pelos estados e municípios tem que ser uma escolha muito consciente. Se as escolas não têm estrutura suficiente para suportar, não têm conectividade, ele [o laptop] não vai ser trabalhado dentro de todo o seu potencial. Eles não ficam encostados porque, de alguma forma, são utilizados, mas acaba que você não tem o efeito desejado”, diz.
Mesmo com as dificuldades, Cláudia conta que o impacto do UCA no aprendizado é positivo. Os alunos ficam mais motivados porque têm outra ferramenta à disposição além dos livros e do quadro negro. “No dia do UCA ninguém falta”, diz. Cada professor escolhe como e quantas vezes por semana irá utilizar os laptops – com exceção da internet que segue um cronograma de uso para cada turma. Os alunos fazem pesquisas sobre os conteúdos que estão sendo desenvolvidos em sala ou brincam com os jogos educativos que já vêm instalados na máquina.
“A gente costuma entrar nos jogos ou pesquisar imagens. Mas antes tem que mostrar para a professora porque ela tem medo que a gente entre em site de namoro”, conta a aluna Mariana Santos, 9 anos, aluna do 4° ano do ensino fundamental . “Ele [o computador] é muito lento, o da minha casa é mais rápido. Mesmo assim, a gente queria usar mais na sala de aula”, completa a aluna.
O secretário de modernização e tecnologia da Secretaria de Educação do DF, Luiz Roberto Moselli, avalia que foi um “erro” não garantir a infraestrutura necessária ao projeto na época em que os computadores foram entregues. Segundo ele, o órgão começará em 2012 um projeto para garantir a conectividade em 100% das escolas, com velocidade maior do que atual.
“Estamos fazendo um plano diretor de informática para inserir a tecnologia na educação de forma bastante ambiciosa”, diz. De acordo com ele, o pedido dos armários já foi feito, mas como as peças serão fabricadas sob medida, o CEF 10 da Ceilândia começará o ano letivo ainda sem os móveis, que devem chegar até o fim do primeiro semestre.

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quarta-feira, 28 de março de 2012

Experiências revelam como tecnologia está sendo usada em sala de aula

A 5° edição da Campus Party no Brasil promoveu na semana passada um  encontro entre professores, o secretário de educação da cidade de São Paulo, Alexandre Schneider, e a cineasta Laís Bodanzky para compartilhar suas experiências e sugestões sobre como é possível utilizar a tecnologia em favor da educação.
Schneider afirmou que, nas salas de aula das escolas públicas, “o recurso é usado com cautela” e ressaltou que “o mais importante é o aprendizado e não o processo pelo qual ele acontece”. Segundo ele, o objetivo “não é correr atrás de tecnologia, mas sim usar aquilo que se tem disponível”.
Ele contou que projetos de educomunicação têm se mostrado bem sucedidos. Neles os alunos utilizam ferramentas para produzir conteúdos como vídeos, blogs e programas de rádio, com orientação dos professores em sala de aula.
“É possível desenvolver métodos com uso de tecnologias aproveitando a estrutura que os alunos têm”, afirmou o professor Suintila Pedreira, criador de um aplicativo que pode ser transmitido via Bluetooth (sem precisar, portanto, de acesso à internet), e que vem sendo utilizado para orientar atividades em que os alunos fazem experimentos de física fora da sala de aula.
O professor, que leciona para alunos do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Campo Grande (MS), afirma que precisava lidar com dois problemas: ministrar uma das matérias que mais reprova alunos e para um público que se divide entre estudar e trabalhar.
“O cinema promove uma identificação entre o personagem e o telespectador”. Foi com está observação que a cineasta Laís Bodanzky argumentou que o audiovisual pode ser uma potencial ferramenta educativa. Ela explica que “a produção do jovem é sempre um autorretrato e, com isso, ele aprende a construir narrativas, buscando compreender quem ele é”.
“Mobilidade digital e educação. A escola para além de seus muros” foi uma das atividades que integrou o Educaparty, espaço reservado para discussão sobre tecnologia e educação.
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terça-feira, 27 de março de 2012

Dilma: mais de 30 mil escolas terão turno integral já este ano

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda, dia 12, que mais de 30 mil escolas em todo o país terão aulas em tempo integral ainda em 2012. Segundo ela, o Programa Mais Educação, que oferece atividades em tempo integral aos estudantes do 1º ao 9º ano, deve beneficiar 5 milhões de estudantes, inclusive em escolas rurais.
"O Programa Mais Educação é responsável por uma grande transformação que já estamos fazendo em 15 mil escolas do ensino fundamental de todo o país. Hoje, 2,8 milhões de estudantes do 1º ao 9º ano já ficam na escola o dia todo. Eles participam de atividades orientadas, que vão desde o acompanhamento das tarefas escolares até a prática de esportes, aulas de arte e informática", explicou.
No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma ressaltou que a meta de 30 mil escolas com ensino fundamental em tempo integral era esperada para 2014, e que o novo número definido para o último ano de governo passou a ser de 60 mil escolas integradas ao Mais Educação.
"Elas (as crianças) ficam na escola, no mínimo, sete horas por dia. Lá, recebem um lanche pela manhã, almoçam e depois, à tarde, fazem novo lanche. E o que é importante: têm reforço em matemática, português, ciências, praticam esportes, têm aula de arte e ainda fazem informática", explicou.
O Ministério da Educação está com inscrições abertas até o próximo dia 30 para novas adesões das prefeituras ao Mais Educação. Ao todo, o governo deve investir R$ 1,4 bilhão este ano no programa. Têm prioridade escolas onde estudam beneficiários do Bolsa Família e também as que tiveram baixa avaliação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
"As atividades complementares podem contribuir muito para melhorar a qualidade da educação das nossas crianças", disse a presidenta. "É uma forma de superar desigualdades, permitir que todas as crianças tenham uma boa educação e acesso a atividades que serão muito importantes para o seu futuro", concluiu.
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domingo, 25 de março de 2012

MEC vai ampliar avaliação de alunos do 2º ano do ensino fundamental

Ministério da Educação quer tornar Provinha Brasil universal.
Exame avalia nível de alfabetização das crianças da rede pública.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, declarou na tarde desta segunda-feira (19) que o governo federal vai ampliar a Provinha Brasil, atualmente feita de forma amostral. Ela passará a a avaliar conhecimentos de português, matemática e o nível de alfabetização de alunos do segundo ano do ensino fundamental.
'A ideia é ampliar, tornar a Provinha Brasil universal no ano que vem, como esforço de melhorar a alfabetização no país', disse o ministro. Nesta quinta-feira, o secretário nacional de Educação Básica, César Calegari, se reunirá com secretários municipais e estaduais de Educação para discutir o formato da avaliação.
Durante discurso em evento em São Paulo, Mercadante mencionou diversas vezes a importância de que o país tenha todos os estudantes das séries iniciais plenamente alfabetizados.
A expectativa é que mais dez milhões de crianças de 7 e 8 anos de idade sejam avaliadas pela nova Provinha Brasil, o que poderia estabelecer uma espécie de Ideb para os anos do ensino fundamental.
Segundo o MEC, "a Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica do nível de alfabetização das crianças matriculadas no segundo ano de escolarização das escolas públicas brasileiras. Essa avaliação acontece em duas etapas, uma no início e a outra ao término do ano letivo. A aplicação em períodos distintos possibilita aos professores e gestores educacionais a realização de um diagnóstico mais preciso que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianças, em termos de habilidades de leitura dentro do período avaliado".
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sábado, 24 de março de 2012

Jogos on-line ajudam no aprendizado básico de português e matemática

Programas foram criados por pesquisadores da Unesp, UFSCar e USP.
Professores e alunos podem usar ferramentas gratuitas na internet.

Três universidades da região desenvolveram programas na internet que ajudam professores e alunos de todas as idades aprender duas matérias importantes e complicadas: matemática e português.
A ferramenta Ludo Primeiros Passos, desenvolvida por pesquisadores da Unesp em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), auxilia os professores no processo de alfabetização dos alunos, entre 5 e 8 anos.
O jogo simples faz com que as crianças aprendam as primeiras palavras do português, ligando figuras e palavras e completando com letras e sílabas. “A gente tem vários jogos voltados para todos as idades. Também pode ser usado na inclusão digital de adultos”, disse o pesquisador Rener Baffa da Silva.
Ao todo, são cinco níveis de dificuldade. À medida que a criança vai acertando, passa de nível. o jogo faz parte do portalludoeducajogos.com.br, que em dois anos já teve mais de um milhão de acessos. “Nós estamos indo até as escolas e as escolas estão vindo à universidade. Os professores estão participando ativamente dos nossos jogos”, explicou o coordenador do Instituto de Nanotecnologia da UFSCar e da Unesp, Elson Longo.
Vários pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) também têm desenvolvido aplicativos para ajudar no ensino da matemática, a mais temida das matérias. “Fazemos o primeiro bimestre com matemática básica mesmo, recapitulando os ensinamentos do ensino fundamental, pois isso pode piorar e dificultar a física”, afirmou o professor de Matemática e Física Guilherme Mourão Broca.
As ferramentas virtuais do site www.matematica.br/igeom mostra as várias operações matemáticas de maneira bem didática. “A computação é um ambiente muito livre e que tem muitos recursos, permitindo a abordagem de um tema de várias maneiras diferentes. Como cada criança tem um jeito diferente de lidar com a matemática, seria até mais fácil você ter uma diversidade maior”, disse o estudante de ciência da computação João Paulo Tannus de Souza.
Também é possível montar simulados personalizados com vários exercícios para testar o desempenho dos estudantes, o que é um bom instrumento no preparo para os vestibulares. “Primeiro o aluno pode fazer os exercícios, o sistema vai identificar quais são as dificuldades e vai preparar um plano de estudo para ele”, destacou o professor do curso de Computação da USP São Carlos Seiji Isotani.

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sexta-feira, 23 de março de 2012

Resposta ao ministro: “Não adianta tablet se a tomada não funciona”

Docentes comentam declarações de Mercadante ao iG e avisam que educação carece de infraestrutura e comprometimento da sociedade


Na última semana, em entrevista exclusiva ao iG, o ministro Aloizio Mercadante defendeu o piso do professor para melhorar a educação e o uso da tecnologia em sala de aula para tornar a escola mais atraente. Ao expor metas para a pasta que comanda há pouco mais de um mês, acabou também fazendo uma provocação àqueles que pretende valorizar: “O arranjo social da escola é do século 18. Os professores são do século 20 e os alunos, do século 21”.
 partir de comentários na página da entrevista e de mensagens nas redes sociais, educadores e interessados no tema reagiram – simpáticos ou não – à avaliação de Mercadante e suas propostas, como a de distribuir tablets às escolas de ensino médio, para combater o problema.
No intuito de aprofundar o debate, o iG procurou professores da rede pública de ensino, de diferentes disciplinas e tempo de docência, para saber como eles avaliam as declarações do ministro. Em geral, os profissionais destacam que as escolas precisam de reformas estruturais antes de receber tecnologia. “Não adianta ter tablet se a tomada não funciona para ligar o data show”, aponta Rodney D’Annibale, 44 anos, professor de educação artística há 20 anos da rede estadual de São Paulo.
Carolina Canon, 27 anos, professora de sociologia da rede estadual de São Paulo há dois, destaca a importância da manutenção e atualização dos computadores. Para ela, é preciso ter um projeto pedagógico coerente com a realidade dos alunos. “A escola não vai se tornar mais interessante apenas porque o professor tem um tablet em mãos.”
Os profissionais da educação cobram também mais comprometimento dos governos, da sociedade, dos pais e dos estudantes com a educação. Vejam o que eles pensam das declarações do ministro.
Mercadante: “A escola precisa ficar mais interessante. Um dos instrumentos mais importantes e rápidos nesse sentido é a distribuição do tablet com projetor digital, para que o professor melhore e crie um ensino interativo na sala de aula.”

“Acredito que as propostas estão no caminho correto, entretanto algumas questões ainda são motivo de preocupação: a valorização do professor é fundamental. Só teremos os melhores profissionais na Educação quando a remuneração for condizente. Valorizar também significa qualificar, reconhecer a profissão como essencial e fazer com que o professor sinta-se importante naquilo que faz e não tenha interesse em mudar de profissão. O currículo do ensino médio precisa ser modificado. Hoje nós ensinamos ‘quase nada de quase tudo’. Precisamos focar a formação do aluno com vistas ao ensino superior e ao ensino profissionalizante, nunca esquecendo da sua formação como cidadão que participa e modifica o meio onde vive. Caso consigamos mudar este foco a tecnologia será uma grande aliada para a construção desta nova escola mais atrativa e agregadora.”
Anderson Santana Lima, professor de português da rede pública do Distrito Federal há 16 anos e diretor do Centro de Ensino Médio 01 Brazlândia, há sete anos

“É preciso levar em conta que não é apenas equipar escola e professores com recursos de última geração, mas é também fornecer a manutenção que esses equipamentos necessitam, a formação específica que os recursos demandam, a atualização constante de softwares. Não adianta em nada a escola possuir uma sala de informática se grande parte dos computadores estiverem quebrados ou desatualizados, ou se a internet for discada. A escola não vai se tornar mais interessante apenas porque o professor tem um tablet em mãos, mas sobretudo porque existe um projeto pedagógico eficiente do ponto de vista de realidade escolar de cada região, preocupado não apenas em formar o jovem para o mercado de trabalho, mas em formar um ser humano. Enquanto a sociedade brasileira não compreender, de fato, que a educação é prioridade e investir esforços maciçamente em prol da formação crítica e cidadã dos brasileiros, como foi o caso da Coréia do Sul, penso que mudanças mínimas não serão alcançadas.”
Carolina Cannon, 27 anos, professora de sociologia da rede estadual de São Paulo há dois anos

“Antes de qualquer distribuição de material tecnológico, deveria haver uma campanha conscientizando os pais e os alunos a respeito do material didático, da educação, mostrando que essa é a base que eles precisam para amanhã ter um futuro melhor. Muitos alunos vão para a escola para brincar, para passar o tempo, mas não com a finalidade de estudar. Isso dificulta muito o trabalho do professor, que é passar o conhecimento. Precisamos de uma campanha de conscientização da importância da escola.”
Maria Senna, professora de história e geografia, 34 anos de magistério na rede estadual e 20 na rede municipal de São Paulo


Mercadante: O arranjo social da escola é do século 18. Os professores são do século 20 e os alunos, do século 21. Eles são nativos digitais. Temos que chegar no aluno. Começando pelo professor, a gente chega mais seguro. É inimaginável um professor do século 21 não poder entrar no Google. Isso vai mudar.

“O professor é do século 20, é verdade. Para mudar isso temos que criar condições para que ele se atualize e entre nessa área digital. Precisamos de tempo para fazer a capacitação e de cursos voltados especificamente para a nossa disciplina e o nosso dia a dia. O professor não pode fazer o curso no horário de trabalho, mas ele trabalha todos os dias em duas ou três escolas e não tem tempo livre para fazê-lo. Tem que preparar o professor para usar esse tablet, ele tem que enxergar quais são as viabilizações que esta ferramenta trará para a aula dele. Também precisamos de reformas estruturais. Não adianta ter tablet se a tomada para ligar o data show não funciona”
Rodney D’Annibale, 44 anos, professor de educação artística há 20 anos da rede estadual de São Paulo

“Acredito que o uso das TIC's (Tecnologias da Informação e Comunicação) na sala de aula podem sim otimizar o acesso aos conteúdos reduzindo o tempo de pesquisa, mas este não é o cerne da questão. A formação dos professores, inclusive a continuada, está de mal a pior. Nos concursos públicos o número de aprovação tem sido cada vez mais baixo, tanto os professores ingressantes quanto os já experientes, alcançam notas cada vez menores, e não estamos falando de tecnologias, falo de conceitos que deveriam que deveriam ser conhecidos por qualquer profissional da educação formal dentro de sua disciplina ou área. Portanto, vejo como providências emergenciais o investimento na formação dos professores, melhores planos de carreira, menos educandos por turma, além de melhores salários e condições de trabalho menos insalubres.”
Robson Martins de Oliveira, 27 anos, pedagogo, Educador Popular há oito anos e professor da rede municipal de São Paulo há dois anos e meio


Mercadante: “Nós estamos contratando 1,5 mil creches por ano, no entanto, as prefeituras só estão conseguindo construir as creches num prazo de dois anos e meio. Montamos uma força-tarefa para, nos próximos 60 dias, verificarmos quais as medidas complementares podemos oferecer aos prefeitos e estamos terminando um estudo com o Inmetro para oferecermos serviços de engenharia de novos métodos construtivos, tipo estruturas pré-moldadas e novas tecnologias para acelerarmos isso.”
“Segundo o ministro, é preciso acelerar a construção de creches pelas prefeituras mudando o modelo de construção. Não concordo com este pensamento. Não se faz creche às pressas apenas para mudar os números estatísticos. O modelo de prédio, ou seja de engenharia, não é pensado para atender especificidades da educação infantil e seus projetos pedagógicos. Via de regra acontece exatamente ao contrário: a proposta pedagógica e a metodologia de trabalho têm que se adequar ao prédio construído e pensado por arquitetos e executados por engenheiros, o que difere muito do olhar de um profissional da educação que sabe das reais necessidades educacionais.”
Vladimir Petcov, 50 anos, pedagogo e professor da rede municipal de São Paulo com mais de 20 anos de docência


Mercadante: “A primeira forma de valorizarmos o professor hoje é cumprir o piso. Eu reconheço que é um reajuste forte e que há dificuldades reais. Agora, nós estamos falando em pouco mais de dois salários mínimos. Se nós quisermos ter professores de qualidade no Brasil, é preciso oferecer salários atraentes.”

“A valorização do professor realmente se inicia pelo salário. Mas que salário? O piso nacional? O piso de Brasília? Onde temos o 20º menor salário das 24 carreiras de nível superior no DF? Temos uma realidade bem diferente daquela estudada nas universidades, vista pela ótica dos teóricos do MEC e das secretarias de Educação estaduais e municipais. É, povo brasileiro, a realidade da nossa educação é caótica: professores mal remunerados e, muitas vezes, doentes, estressados; carga horária excessiva; salas superlotadas; escola sem infraestrutura; alunos muitas vezes desassistidos pela família, etc. Eu até acredito na intenção do Mercadante, o problema é que para socorrer a educação brasileira, demandariam muitos investimentos e os governos não estão empenhados nessa empreitada, os recursos do pré-sal só estarão à disposição a médio e longo prazo.” 
Carlos Neves Filho, 63, professor de geografia da rede pública do Distrito Federal há 34 anos

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quinta-feira, 22 de março de 2012

Material didático terá conteúdo multimídia a partir de 2014

O Ministério da Educação informou nesta terça-feira que está aberto até 1º de maio o período de pré-inscrição de obras didáticas para os anos finais do ensino fundamental referentes ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para 2014. As editoras, pela primeira, vez poderão apresentar objetos educacionais digitais complementares aos livros impressos. Esse novo material multimídia, que inclui jogos educativos, simuladores e infográficos animados, será enviado aos alunos com o material impresso.
Os novos livros didáticos trarão também endereços on-line para que os estudantes tenham acesso a material multimídia que complemente o assunto estudado. "O DVD é um recurso adicional para as escolas que ainda não têm internet, além de tornar as aulas mais modernas e interessantes", diz a coordenadora-geral do programa do livro didático do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Sonia Schwartz.
Como estabelece o Edital nº 6/2011, do FNDE, os livros inscritos pelas editoras passarão por uma seleção. As obras aprovadas integrarão o Guia do Livro Didático 2014, que conterá resumo de cada uma para permitir a professores e diretores a indicação daquelas mais adequadas ao processo pedagógico. Pelas previsões do FNDE, serão adquiridos 93 milhões de exemplares.
O cadastramento das obras pelos detentores de direitos autorais deve ser feito na página do FNDE na internet.
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