quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Laboratório Virtual de Matemática

Projetos: O uso da informática no ensino da matemática na educação básica e Fábrica Virtual 

Pesquisando encontrei este site para trabalhar matemática.  Vale a pena conferir!

  http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

ONG lista cinco ações diárias para aumentar sucesso de filho


Uma ONG britânica sugeriu nesta semana uma lista de cinco ações diárias para ajudar os pais a incentivar o melhor desenvolvimento de seus filhos e com isso aumentar também a mobilidade social. A organização CentreForum, autora do estudo, sugere que as autoridades realizem campanhas públicas para divulgar os cinco passos, nos moldes de uma campanha de saúde pública do governo britânico, para estimular as pessoas a comer cinco porções de frutas, legumes ou verduras por dia.
Os "cinco por dia" dos pais, segundo a ONG, são: ler para seu filho por 15 min, brincar com ele no chão por 10 min, conversar por 20 min com a TV desligada, adotar atitudes positivas em relação ao seu filho e elogiá-lo com frequência, e dar ao seu filho uma dieta nutricional para ajudar seu desenvolvimento. O objetivo da campanha, segundo a organização, seria evitar que maus hábitos dos pais prejudiquem o desenvolvimento físico e mental dos filhos e suas chances de sucesso profissional futuro.

Vocabulário
 
Segundo o relatório, que deve ser analisado pelo governo, a qualidade da criação e as influências educacionais nos primeiros meses e anos de vida da criança tem uma grande influência no sucesso educacional e profissional futuro. "As evidências sugerem que o vocabulário da criança aos cinco anos é o melhor indicador único da mobilidade social posterior para crianças de famílias de mais baixa renda", comenta o documento.
O relatório observa que uma grande proporção de menores infratores tem baixa capacidade de leitura e escrita. A organização cita ainda pesquisas segundo as quais as crianças de famílias de mais baixa renda têm um vocabulário menor, índices de alfabetização mais baixos e dietas mais deficientes que as crianças de famílias mais abastadas.
"Uma nutrição apropriada é crucial durante os primeiros meses e anos de vida, quando o crescimento corporal e o desenvolvimento cerebral são mais rápidos do que em qualquer outro período", observa o relatório.

Elogios e críticas
 
A proposta da CentreForum foi elogiada pela secretária nacional para a Infância, Sarah Teather, que prometeu que o governo vai analisá-la. O deputado opositor Graham Allen, que recentemente publicou um relatório sobre infância encomendado pelo governo britânico, também elogiou o relatório da ONG e disse que uma campanha nacional poderia quebrar o ciclo vicioso das más práticas de criação pelos pais.
"É um ciclo entre gerações, que repete as más práticas de criação. Em uma região como a que eu represento, que tem um dos mais altos níveis de gravidez adolescente na Europa e um dos menores números de pessoas chegando à universidade, quebrar esse ciclo para dar a cada criança a chance de atingir seu potencial é realmente importante, particularmente para crianças de famílias de baixa renda", disse ele à BBC.
Apesar disso, as propostas também foram alvo de críticas por grupos que afirmam que sua aprovação significaria o aumento do já alto controle do Estado sobre as ações dos indivíduos, no que chamam de "Estado-babá".

Os "cinco por dia" para os pais:
- leia para seu filho por 15 minutos
- brinque com ele no chão por 10 minutos
- converse com seu filho por 20 minutos com a TV desligada
- adote atitudes positivas em relação ao seu filho e o elogie com frequência
- dê ao seu filho uma dieta que ajude seu desenvolvimento

 
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Tania Zagury: "O professor precisa ser ouvido"


Para a pesquisadora carioca, os que pensam a Educação e os que estão à frente da sala de aula devem trabalhar juntos

Antigamente, quando o aluno não aprendia, era ele o único culpado: não estudava, não prestava atenção na aula e era desinteressado. De duas ou três décadas para cá, se a criança não aprende, a responsabilidade é toda do professor e da didática e metodologia ultrapassadas usadas em sala de aula. Ambas as posições - radicais e pouco fundamentadas - tentam justificar o péssimo desempenho dos estudantes brasileiros da Educação Básica nas avaliações. Mas nenhuma dá conta do recado de forma satisfatória.
Para tentar entender os reais motivos da sofrível performance dos alunos, Tania Zagury, mestre em Educação e pesquisadora, resolveu ouvir quem está na linha de frente dessa batalha: os professores. "Queria saber dos próprios educadores quais são suas dificuldades, necessidades e possibilidades". Com a experiência de 33 anos em várias funções do Magistério - de alfabetizadora e supervisora a formadora de professores - somada aos resultados da pesquisa, Tania concluiu que a sociedade e o próprio universo da Educação criam mitos que aprisionam o professor e acabam por prejudicar seu trabalho. E, pior, fazem com que ele muitas vezes se torne refém da própria consciência, por não conseguir atingir plenamente os objetivos.

A pesquisa, realizada ao longo de três anos, compilou a opinião de 1172 professores, de escolas públicas e particulares da Educação Básica de 42 cidades, em 22 estados brasileiros. As principais conclusões desse estudo estão no livro
O Professor Refém, lançado em abril de 2006. Algumas delas Tania revela e comenta na entrevista a seguir.

Quais os principais problemas do professor na sala de aula?

Tania
Os cinco principais são manter a disciplina (22%), motivar os alunos (21%), avaliar de forma adequada (19%), manter-se atualizado (16%) e escolher a metodologia adequada (10%) - todos diretamente relacionados com a atuação do professor. Os entrevistados também apontaram o que eles consideravam as causas desses problemas: a formação inconsistente que tiveram ou continuam tendo, a falta de tempo e de recursos financeiros. Isso demonstra consciência da realidade, porque os professores poderiam simplesmente colocar toda a culpa no aluno. Eles sabem que não têm condições de ensinar o mínimo necessário - ler, escrever e fazer contas - para formar cidadãos.

Como o professor se sente com o baixo rendimento dos alunos?

Tania
Ele se sente muito angustiado, às vezes até desesperado, pois quer fazer o melhor, mas simplesmente não tem condições para isso. O Magistério é uma das profissões que mais tiveram aumento de tarefas nos últimos tempos. Além de ensinar conteúdos da área para a qual foi preparado, o professor tem de lidar com outros para os quais não tem nenhuma capacitação. Basta ver os temas transversais que fazem parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais: cada um compreende uma área do conhecimento com sua própria complexidade. O professor de Matemática não está pronto para falar de Educação Sexual, nem o de Língua Portuguesa para ensinar questões ligadas ao Meio Ambiente.

Essas novas funções deixam o professor desmotivado?

Tania
De maneira geral, ele continua tendo vontade de ensinar e de fazer bem seu trabalho, mas tem consciência de que está muito difícil. Por isso, ele está ficando estressado, deprimido, e isso faz com que se torne refém da estrutura educacional.

Como essa estrutura aprisiona os docentes?
 
Tania
Ela é calcada na falta de continuidade. Um grupo de pensadores simpatiza com determinada linha pedagógica e começa a divulgá-la como sendo a melhor. Muitas vezes, quem está na sala de aula não tem informações teóricas suficientes para questionar ou rebater as novas idéias. Assim, os que não trabalham daquela maneira acabam se sentindo desatualizados, por fora, por baixo. Ficam na obrigação de começar a usar métodos para os quais não foram capacitados. E, às vezes, há mesmo essa imposição, pois o tal grupo de vanguarda assumiu o poder e instituiu mudanças por lei, sem discussão. Para promover uma grande mudança, é preciso base científica e técnica. Sem isso, aparecem os mitos que aprisionam o professor.

Quais os principais mitos criados nos últimos tempos?

Tania
Um deles é que afeto e carinho são imprescindíveis na aprendizagem. Eles são importantes, mas não determinantes. Esse mito acaba dando a entender que um professor que não faz brincadeiras, mesmo dominando os conteúdos, não é competente. Se ele é frio nas relações pessoais, é rotulado de inapto. Outro mito que paira sobre as escolas é que, se o professor é bom - ou seja, criativo, dinâmico e usa diversas ferramentas de ensino -, qualquer aluno aprende. Claro que tudo isso é importante, mas também não é suficiente. Para aprender, é necessário que o aluno esteja motivado, que estude, faça as lições e se esforce. Só aulas maravilhosas não bastam.

Mas não é função do professor motivar os alunos?

Tania
Com certeza. Mas não se pode atribuir somente a isso o sucesso ou o fracasso da aprendizagem. A motivação é um processo interno do aluno e não envolve mágica, mas didática. Não adianta o professor chegar na frente da sala e dar um show. O processo todo envolve principalmente comunicação, ou seja, a escolha do código adequado para aquela disciplina e para o público em questão. O papel do professor é iniciar esse processo, trazendo coisas interessantes para o aluno, de acordo com a faixa etária. Ligar o conteúdo à realidade tem se mostrado um método bastante eficaz. Alguns conteúdos, no entanto, não se prestam a essa estratégia. Isso não significa que devam ser retirados do currículo.

O professor deve usar o lúdico no processo de ensino e aprendizagem?

Tania
A escola não precisa ser o tempo todo atraente e lúdica como algumas teorias propõem. Quem defende isso nunca deu aulas e muitas vezes não é especialista em Educação. A escola tem de ensinar que para conseguir alguma coisa é preciso esforço e dedicação. Caso contrário, ela estará apenas enfatizando valores que a sociedade preconiza e prejudicam a Educação.

Que valores são esses?

Tania
A sociedade tem uma parcela significativa de culpa pelo fracasso da Educação no país. Ela está cada vez mais consumista e imediatista, voltada para a busca do prazer e para a criação de desejos e necessidades. A mídia dá um valor absurdo à fama, ao poder e ao dinheiro. O saber e as conquistas intelectuais são minimizados. Esforço e dedicação não são méritos levados em consideração. O discurso teórico defende que a Educação é imprescindível, mas o que se vê na prática é um endeusamento do que é fácil e do que dá prazer imediato. E aprender, muitas vezes, é difícil e sofrido. Com o saber desvalorizado, a escola e o papel do professor também ficam desprestigiados.

Mas, apesar de todas as dificuldades, os professores ainda não entregaram os pontos...

Tania
Alguns desistem e mudam de profissão. Dos que ficam, poucos têm má vontade. A maioria se vira e tenta fazer o que pode. Mas esses também acabam reféns, dessa vez da própria consciência, pois acham que não trabalham como gostariam e deveriam. Isso fica muito claro quando os entrevistados apontam a dificuldade em avaliar os alunos. A maioria dos educadores acredita na eficiência da avaliação qualitativa, mas reconhece não fazê-la como deve. Para avaliar as conquistas na aprendizagem de conteúdos, de procedimentos e de atitudes, o professor precisa olhar para cada um de maneira singular. Ora, mas como fazer isso com mais de 40 alunos por sala, dando aula em mais de uma escola e sem tempo para planejar instrumentos de avaliação variados? Resultado: ou ele faz o que dá e sente culpa por não fazer bem feito, ou escolhe outro tipo de avaliação para ser menos injusto com o aluno.

Como deveriam ocorrer as mudanças na área da Educação?
 
Tania
Qualquer mudança deveria ser precedida de um projeto piloto para testar sua eficácia, prever os problemas que podem surgir e já propor uma solução antes da aplicação em todo o sistema. As inovações devem ser avaliadas para não haver dúvidas de que elas produzirão os resultados esperados. Mais do que isso: é necessário ouvir o professor, que afinal de contas é quem está na linha de frente, é quem implementa todas as novidades. Com isso não quero defender que é preciso pedir licença ao professor para tomar uma decisão político-pedagógica, mas é imprescindível acabar com essa dicotomia entre os que pensam e os que fazem a Educação.

Mas as Secretarias de Educação costumam oferecer capacitação quando mudam o sistema...

Tania
O treinamento é feito durante o processo de implementação do projeto e não a priori, como deveria. O professor precisa ser instrumentalizado para ter domínio das técnicas e se sentir seguro antes de entrar na sala de aula. Sem isso, fica muito difícil resolver os diversos problemas que aparecem. Acho que foi essa falta de envolvimento que comprometeu a implantação dos ciclos na escola pública.

Os professores são contra o sistema de ciclos?

Tania
Para minha surpresa, não. Eles são a favor, mas desde que outras medidas também sejam adotadas ao mesmo tempo. Na pesquisa, 66% dos entrevistados afirmaram que só vêem sentido no sistema de ciclos e na progressão continuada com o aumento de carga horária dos estudantes na escola e um esquema para dar reforço aos que têm dificuldade em acompanhar a turma. E os professores têm razão: nos países em que os ciclos deram certo, as classes foram organizadas com menos alunos, os professores tiveram aumento substancial no salário para poder dedicar-se em tempo integral à escola e receberam treinamento antes de começar a trabalhar dessa forma.

Como driblar essa falta de estrutura da escola pública?

Tania
Não podemos supervalorizar os recursos tecnológicos, porque nada substitui a presença e a interferência do professor em sala de aula. Ele pode levar uma caixa de papelão fechada para a classe, colocar em cima da mesa e pedir que a turma adivinhe o que tem dentro. Lá pode estar simplesmente um exercício ou uma proposta de atividade, mas isso já vai provocar a turma. O professor tem de mostrar a beleza e o poder das idéias usando os recursos que tem, mesmo que isso se resuma a quadro-negro e giz. Muitos colegas estão se virando para melhorar sua formação: mesmo não tendo dinheiro para comprar livros, quem está interessado em se aperfeiçoar vai à biblioteca da escola ou da cidade ou usa a internet - em casa, na escola ou em lugares públicos. Mas nada disso isenta o governo de fazer seu trabalho e oferecer melhores condições para o docente, ouvir os professores antes de qualquer mudança e se comprometer com a Educação.

Qual uso você gostaria que as pessoas que estão em cargos de comando na Educação fizessem com as informações de sua pesquisa?

Tania
Faltava ouvir o educador, e isso nós fizemos agora. Se os governantes usarem os dados e começarem dar voz ao professor antes de qualquer mudança radical, estarão criando chances para quem trabalha em sala de aula também se sentir responsável pelas mudanças e aderir ao projeto. Assim, eles poderão apontar o que está dando certo e o que é necessário fizer para melhorar o resultado do trabalho. Falam tanto em afeto em relação ao aluno, por que não ter afeto também em relação ao professor?

Fonte: revistaescola
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domingo, 28 de agosto de 2011

Lei obriga escolas a ensinarem música; veja o que muda na prática


Que tal colocar ritmo nos estudos? A lei número 11.769, de 2008, obriga toda escola do Brasil a ter aulas de música ou incluir esse conteúdo nas aulas de artes dos ensinos infantil e fundamental. O prazo para isso acontecer acaba neste mês. E o objetivo não é aprender a tocar um instrumento ou a cantar, mas desenvolver a musicalização (ritmo, coordenação motora, audição, entre outros).
Alguns colégios particulares, como o Rainha da Paz (São Paulo), já tinham aulas de música antes de a lei existir. Lá, elas acontecem duas vezes por semana. Instrumentos como xilofone e pandeiro são usados para acompanhar cantigas populares. Outras vezes, são deixados de lado. "Podemos usar só a voz e o corpo para fazer música", diz Maria Eduarda Grassano, 7.
Várias atividades musicais estão ligadas a outras disciplinas, como geografia e história. Luiz Gustavo Filho, 7, aprendeu sobre os indígenas, pois "as músicas falam sobre como eles vivem".

POR QUE APRENDER

José Nunes (professor da Unirio) dá aula para futuros professores de música e já deu aula para crianças em uma escola. Ele explica que aprender música tem que ser divertido. Mas o mais importante da atividade musical é aprender a entender o valor e a beleza da arte desde pequeno.

CADA UM NO SEU TOM

Nas aulas de música, você pode cantar, tocar ou inventar suas próprias canções. Helio Zimbardi, 12, não se animou com nada disso. Até que teve uma ideia. "Propus para a professora ser o maestro da turma e improvisei uma batuta", conta. Gostou tanto que até pensa em se tornar um profissional. "É muito legal ficar na frente comandando o ritmo. Só paro para ouvir os aplausos", completa.

MÉTODOS

Existem modos diferentes de aprender música. Com o Suzuki, do Japão, as crianças aprendem ouvindo e repetindo. A ideia é aprender de forma natural, como se aprende a falar, por exemplo. No México, o método Tort usa a cultura popular para ensinar, por meio de coros e conjuntos. No Brasil, o músico Heitor Villa-Lobos usou canto orfeônico, uma prática de canto em conjunto, para orientar o ensino de música.

NÃO É IGUAL EM TODA ESCOLA

As escolas municipais de São Paulo estão se preparando para incluir aulas de música só no ano que vem, disse a assessoria de imprensa. Já na escola estadual Rodrigues Alves, por exemplo, a música é pincelada em projetos paralelos. A Secretaria Estadual de Educação contou que, em um deles, os alunos cantam composições da MPB. Mas as crianças não parecem satisfeitas. "Não temos aula de música no colégio, mas eu gostaria de ter", conta a aluna Vitória da Silva Alves, 9.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 27 de agosto de 2011

Corrupção não é o maior desperdício

Um estudo realizado por neurocientistas de diversas partes do mundo, reunidos pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, mostrou que a inteligência é menos hereditária do que se imaginava. Apenas metade seria genética, o restante viria do meio ambiente, como as condições econômicas e sociais, além do ambiente familiar (o detalhamento dessa pesquisa está no www.catracalivre.com.br). Isso significaria, portanto, que nascer pobre em um lugar sem estímulos diminuiu o chance de ter um QI mais alto.
Ou seja, o QI seria, digamos, um músculo que precisa ser exercitado por vários estímulos. Um gênio em potencial que nasce num ambiente muito vulnerável desenvolveria metade do seu potencial, tendo apenas uma inteligência acima da média.
Some-se a isso, claro, que alguém inteligente, mas sem chances de uma boa educação, tem enormes obstáculos de desenvolver talentos.
Falamos tanto do desperdício na corrupção. São tantas as notícias de desvios, numa interminável novela, que parece que a roubalheira é nosso maior desperdício.
O maior desperdício é a perda diária de talentos, graças à miséria.
Se as pessoas tivessem clara essa noção, a pressão por mais e melhores políticas sociais seria bem maior. 

Fonte:  http://folha.com Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quando realmente compensa utilizarmos as tecnologias digitais na educação?

A tecnologia deve ser o meio, não o fim das atividades que propomos aos alunos. A inovação não está no fato de levarmos um blog, um vídeo ou outros recursos para a sala de aula, mas no uso que fazemos deles.
Na semana passada tivemos uma rica discussão sobre o fato de que não é a tecnologia que inova ou beneficia a aprendizagem por conta própria, mas sim o uso que dela fazemos.
Em muitos momentos culpamos a tecnologia por ser complicada ou por não atender às nossas necessidades, mas é necessário enxergar que ela em si não pode ser a heroína ou a vilã da história. O papel do professor como mediador da aprendizagem é o mais relevante; é sobre ele que devemos refletir o tempo todo, inclusive para decidir quando usar ou não um determinado recurso.Há que se reconhecer como um grande desafio o próprio uso das tecnologias na educação: basta lembrar que existem escolas que, embora ofereçam inúmeros recursos aos alunos, ainda permanecem com laboratórios de informática fechados e equipamentos guardados.
O uso pelo uso da tecnologia pouco nos interessa: sem refletirmos a respeito da relevância de um ou outro recurso para o trabalho, continuaremos engatinhando na questão mais relevante:  a melhoria da aprendizagem. Por essa razão, gostaria de listar algumas situações bem comuns com as quais já me deparei e propor uma nova reflexão a respeito. Antes, ressalto ainda que muitas vezes trabalhamos demais e rendemos de menos quando optamos por uma prática focada apenas no esforço do professor e não na superação pela qual os alunos devem passar para que aprendam mais e se sintam desafiados. Vamos às análises:
·             Preparar aulas para os alunos utilizando o computador
O preparo de “atividades” – seja no Excel, Power Point, ou mesmo em aplicativos específicos  como JClic – toma um certo tempo do professor e, dependendo de como isso for feito, os alunos acabam resolvendo rapidamente a atividade e encontrando poucos desafios. Eu mesma já fiquei encantada com algumas produções minhas que envolviam software de autoria, até perceber que dependendo da proposta gastamos muito tempo para pouco resultado.
A grande questão é que os alunos precisam ser mais desafiados e todas estas tecnologias são muito simples para eles. Se o objetivo é que aprendam algo novo ou sistematizem algum conhecimento, por que criarmos apenas joguinhos se eles mesmos poderiam desenvolvê-los utilizando todos estes programas? Os alunos apresentam muita facilidade no uso das TIC, porém raramente são colocados em situações em que precisam criar perguntas e planejar respostas adequadas, o que é bem mais desafiador do que simplesmente resolver uma atividade de perguntas e respostas. Que tal propor que criem aulas interativas utilizando alguns softwares adequados e as troquem com os outros colegas?
Todos os anos participo como jurada de um concurso promovido pelo Visual Class, software de autoria em que os alunos criam aulas a partir de pesquisas e compartilham o conteúdo produzido com outros alunos. Com esse software, eles mesmos contam como aprenderam a utilizar o aplicativo e o que aprenderam sobre o assunto pesquisado. Em experiências como esta, não é o professor que se preocupa com a tecnologia e sim os alunos que aliás,  fazem isso muito bem. O papel do professor é justamente de orientador da aprendizagem, com foco no currículo e em todos os aspectos pedagógicos necessários para que a produção a ser feita seja coerente com os objetivos propostos.
·             Trabalhar atividades interativas com os alunos
Antes de criar qualquer material, é preciso avaliar o que já existe. Atualmente temos diversos portais que organizam objetos educacionais e podem ser utilizados com os alunos. Muitas dessas atividades podem ser bem interessantes, mas sozinhas geralmente não são suficientes para garantir as necessidades de aprendizagem propostas pelas diferentes escolas. Sempre é preciso pensar como ir além do que foi proposto e que tipo de produção os alunos poderão realizar. Se o aluno apenas resolver as atividades, logo esquecerá o que foi trabalhado.  Alguns portais disponibilizam planos de aula com o objetivo de ampliar o uso dos objetos – vale a pena consultá-los, adaptando-os à realidade de cada turma.
Em alguns momentos, a exploração de uma atividade interativa pode contribuir como uma sensibilização para um determinado tema ou assunto. Quem sabe o professor não consegue organizar um trabalho mais aprofundado em que os alunos possam mais tarde construir animações, vídeos ou objetos interativos que sejam aproveitados por toda a escola? O professor Guilherme Erwin Hartung criou uma metodologia para isso utilizando um software bem bacana desenvolvido pelo MIT , chamado Scratch.  Com este trabalho já foi finalista de dois prêmios (Microsoft e Instituto Claro).
·             Corrigir textos que serão publicados ou apresentados pelos alunos
Elaborar atividades coletivas em blogs, jornais escolares e apresentações são uma ótima proposta, porém os processos de orientação da pesquisa, análise de informações, produção de texto e publicação são desafiadores para professores e alunos.
Há muitos educadores que preferem levar toda a produção feita pelos alunos para correção fora da presença deles. Além de bastante trabalhosa para o professor, a atitude pouco ajuda a turma a aprimorar seu trabalho. O ideal é realmente valorizar os processos de produção de texto, orientando-os durante a própria aula e incentivando que um ajude ao outro. Um checklist com todos os aspectos que deverão ser revisados na produção pode ser utilizado, o que fará com que fiquem mais atentos à própria produção e também à possibilidade de colaborarem com os demais colegas, aprendendo muito mais.
Se passar um ou outro “erro”, a grande vantagem da web é justamente a possibilidade de poder corrigi-lo a qualquer momento. Um texto publicado na internet nunca é perfeito, pois sabemos que sempre poderá ser modificado, aprimorado… Uma pena é que não guardamos este histórico como acontece na Wikipedia, que tem o grande mérito de deixar registrados online os processos de aprimoramento dos conteúdos produzidos por diferentes pessoas.
Grande parte dos blogs educativos, por exemplo, apresentam textos de qualidade surpreendente para a faixa etária da turma envolvida, mas até que ponto os alunos puderam aprender com a experiência? Que tipo de trabalho foi feito para que os alunos refletissem sobre o próprio processo de aprendizagem e buscassem aperfeiçoar suas produções?  Quando são focados no trabalho do professor e não do aluno, esses processos de correção sobrecarregarem os educadores e pouco ajudam na aprendizagem.
·             Propor uso de software ou site que o professor conhece
Geralmente acreditamos que devemos usar com os alunos apenas softwares ou serviços da web que dominamos tecnicamente, ou que aprendemos em algum curso. Essa estratégia somente dá certo quando o recurso realmente é o mais adequado para atender a objetivos já previstos no currículo e, ao mesmo tempo, é o melhor para atender às necessidades da turma.
Um exemplo é o uso do blog como plataforma de compartilhamento das produções dos alunos ou registro dos processos de aprendizagem. Acontece bastante, porém, de este recurso ser utilizado porque alguém acha que é “inovador” ou porque o professor aprendeu tecnicamente a criá-lo. Uma alternativa seria pedir que os alunos pesquisassem e sugerissem outras formas de compartilhamento das suas produções.
Pode ser que o ideal seja discutir um determinado conteúdo em uma rede social, ou produzir um blog colaborativo, ou um jornal mural… Pode mesmo ocorrer de o melhor ser não utilizar nenhuma dessas tecnologias, pois determinado projeto pode ser mais interessante se houver uma apresentação para a comunidade encenada em forma de peça teatral ou apresentação multimídia.
Insisto no entendimento de que a inovação não está no fato de levarmos um blog, um vídeo, o Scratch ou qualquer outra tecnologia  para a sala de aula, e sim no uso que fazemos desses recursos.
Outro exemplo: durante uma oficina de vídeo que ministrei no Colégio Visconde de Porto Seguro, uma professora iniciou a produção de animações a partir de desenhos dos alunos e de um roteiro de conto colaborativo, também totalmente produzido por eles. Ora, o vídeo por si só não é inovador, mas envolver os alunos em todas as etapas da produção, dentro de uma necessidade de aprendizagem e enriquecendo o trabalho com a produção de uma atividade de relevância social, é inovador para aquele contexto e para os alunos.
Nesse exemplo, a maior parte do tempo de dedicação do trabalho da professora foi investido em orientar e provocar os alunos para produzirem materiais. Imaginem quanto tempo ela gastaria se fosse escrever o roteiro, produzir as imagens e narrar o vídeo para ensinar algum conteúdo? Estratégias como estas permitem que o professor tenha mais foco no trabalho pedagógico e use as tecnologias adequadas no momento em que mais precisam delas, de acordo com as demandas da aula.
·             Não sair da frente da lousa
A lousa tradicionalmente é reconhecida como um instrumento do professor. Em escolas em que trabalhei anos atrás, bom professor era aquele capaz de utilizar a lousa “passando bastante conteúdo”. Bom aluno era o que atendia também a esta expectativa, ou seja, copiava tudo bonitinho no caderno e prestava atenção.
Em outro extremo, às vezes não percebemos e ficamos muito encantados com tecnologias que parecem novas, mas não são nem tão novas assim, como é o caso da lousa digital. Obviamente os recursos que hoje temos nas lousas digitais são suficientes para gostarmos mais delas do que da lousa comum, mas não foram suficientes ainda para pararmos de utilizá-la da mesma forma que era empregado o quadro negro (ainda que eu pense que mesmo a antiga lousa pudesse ser usada de outra forma, tal como o mimeógrafo e o episcópio, abordados no artigo anterior).
O que ocorre é que a lousa digital é tão interessante que realmente poderia ser usada de forma mais interativa. Se os alunos gostam tanto dela, nós professores poderíamos provocá-los para que interagissem mais com os seus recursos. Atividades simples como propor desafios, navegar na web e fazer explicações em público deveriam ser mais utilizadas.
Outro aspecto a ser repensado são os conteúdos digitais expostos na lousa. A grande maioria é feita pensando na lógica dos computadores em laboratório de informática (ou mesmo em netbooks). Esta é uma falha imperdoável, pois para que a aula seja interativa as atividades precisam propor a resolução de desafios que sejam resolvidos em diferentes grupos, caso contrário o professor será um mero “passador de conteúdos digitais”, com a diferença de que ao invés de escrever na lousa vai apertar apenas os botões de avançar e voltar.
Temos realmente que avaliar o tempo gasto e os resultados efetivos de algumas atividades pedagógicas que realizamos. Será que estamos atendendo a objetivos menos importantes do que a aprendizagem dos alunos? Será que estamos realmente propondo situações desafiadoras à nossa turma ou meramente reproduzindo o que alguém já fez ou o que dizem que é “bom fazer”?
Fonte: http://blog.aticascipione.com.br

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Uso de música em sala de aula facilita o aprendizado, aponta estudo

A música facilita o ensino da história pois cria empatia entre aluno e professor e forma um referencial de memória para os alunos, facilitando, assim, sua relação com o conteúdo. É o que diz Milton Joeri Fernandes Duarte, autor da tese de doutorado A música e a construção do conhecimento histórico em aula, defendido em maio na Faculdade de Educação (FE) da USP, sob orientação de Katia Maria Abud Lopes.
  
“A música forma um referencial de memória. Por isso existem as músicas que marcam a vida de uma pessoa.”

Graduado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e professor de história desde 1987, Duarte afirma sempre ter utilizado música em suas aulas. Foi a partir da sua experiência em classe que ele resolveu estudar até que ponto a linguagem musical auxilia no ensino da história e como professores e alunos que não possuem conhecimentos de linguagem musical conseguem trabalhá-la em sala de aula.
Para responder tais questionamentos, o pesquisador acompanhou durante o ano de 2007 as aulas de uma professora de história para alunos da quinta série da rede municipal de São Paulo. No ano seguinte, ele selecionou 8 dos alunos da turma, 4 meninos e 4 meninas. Ele os entrevistou para saber os seus gostos musicais e, principalmente, qual era a relação que eles faziam entre o conteúdo e as músicas apresentadas pela professora.
“Nas entrevistas fiz o procedimento contrário ao que era feito na sala de aula. Apresentava pequenos textos que falavam sobre os conteúdos ensinados pela professora e perguntava o que aquilo os lembrava. Todos os alunos referiram-se às músicas ouvidas nas aulas e, de certa forma, isso os ajudava a lembrar partes do conteúdo”, afirma.
A partir dos estudos teóricos, da análise de campo e das entrevistas, Duarte chegou ao conceito de consciência musical. “A música forma um referencial de memória. Por isso existem as músicas que marcam a vida de uma pessoa”, afirma.
Esse conceito é ligado à consciência histórica, que é a forma como a pessoa se posiciona perante a sociedade e os fatos históricos, dependendo da experiência de vida e das situações sociais e econômicas que ela vive.
Dentro da sala de aula, a música aproxima a memória individual do professor com a dos alunos. A maior parte da consciência musical não é criada na escola, mas vem do cotidiano familiar. Por isso é necessário que o professor contextualize as canções que mostre aos alunos e que se proponha a conhecer o que os alunos gostam de ouvir para haver maior empatia entre eles.
“Nas aulas que analisei, toda sexta-feira um aluno levava um CD que ele gostava de ouvir em casa para a classe e a turma o escutava. Funcionava como se a professora dissesse ‘eu ouço a música de vocês, então vocês ouvem a minha’. Facilitava a aceitação dos alunos com as músicas passadas pela professora”, conta Duarte.
Música e realidade

O pesquisador retoma uma ideia de Arthur Schopenhauer, filósofo alemão do século 19, que diz que a música é o máximo da expressão artística, é a arte que mais se aproxima da realidade por ter maior carga emocional que as outras.
 “As pessoas são tocadas emocionalmente pela música. Por isso professores e alunos que não dominam a linguagem musical conseguem trabalhá-la em sala de aula”, explica. Segundo Duarte, mesmo aqueles que entendem de música são inicialmente atingidos pela emoção. “Só depois que a pessoa pode parar e pensar com o conhecimento técnico que ela tiver”.
O autor do trabalho afirma que a música é pouco utilizada em sala de aula. “Muitos professores têm medo de os alunos não receberem bem as músicas, acharem que são velhas, etc. Mas é preciso contextualizá-las com os alunos, criar empatia para elas serem bem utilizadas”, explica.
Ele ainda diz que o professor que usa música em aula se torna um marco na vida dos alunos. “Eu encontro ex-alunos na rua que me cumprimentam e lembram de determinada música que foi passada em sala de aula. Eu mesmo, ao ouvir uma canção medieval na televisão, certa vez, lembrei que já a havia cantado na sexta série, na aula de um professor de Português que também era maestro, chamado Roberto Martins”, revela.
 Fonte:portal.aprendiz
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O dizer "não" na educação


Por Içami Tiba

É muito comum os pais se queixarem que seus filhos não atendem aosnãos que eles lhes falam, ordenam, pedem, imploram ou mesmo quando  dão a entender...
Esta desobediência ao não dos pais é globalizada. Praticamente todas as crianças do planeta custam a obedecer os seus pais. Há exceções, que são raras, que confirmam a regra de que os filhos hoje estão desobedientes aos seus pais.
É bastante comum eu ouvir este lamento de mães dito com um grande desânimo: Meu filho não me obedece, grita comigo, faz só o que quer, me agride, me ofende... Então eu pergunto: Quantos anos ele tem?  Elas respondem: 2 anos!
Como pode uma criança de dois anos de idade tumultuar tanto a vida da sua mãe?
Digo com bastante convicção que é devido ao que o filho recebeu, como educação ou não, do que lhe aconteceu desde que nasceu. Raríssimos são os casos em que as crianças nascem desobedientes, como doenças psiquiátricas e graves transtornos psicológicos e de caráter. A maioria nasce absolutamente normal e vai se tornando inadequada ou deseducada aos poucos.
Um nenê que durma no colo para depois ser colocado no bercinho já começa um costume errado, pois lugar de dormir passa ser o colo e não o berço. Se, cada vez que acorda durante a noite, ele é pego no colo ele aprende que berço não é lugar para ele ficar, e passa a reivindicar a ficar no colo, onde irá adormecer. O nenê começa a formar a imagem de que só deve ir ao berço quando já estiver dormindo. Assim se ele for colocado no berço ainda acordado, ele se recusará a ficar no berço e criará mil desculpas próprias da idade para não ficar no berço. Sem dúvida é muito gostoso dormir no calor, no balanço e no afeto de um colo do que no bercinho. Não é natural no ser humano acordar em um lugar que ele não deitou.  Enquanto ele nada sabe, ele dorme em qualquer lugar, portanto ele após arrotar o que mamou deve ser colocado de lado no berço para dormir, por mais que os adultos queiram lhe dar colo. O nenê chorar no berço, gritar, dizer palavras incompreensíveis etc é uma defesa natural por preferir fazer o que aprendeu, dormir no colo. Ele já sabe que está lutando por um direito que ganhou dos pais que queriam muito mais agradá-lo do que não o educar. O nenê não está desrespeitando ninguém. São os adultos à sua volta que não souberam educá-lo a dormir sozinho no berço. Quem aprende dormir no colo não quer saber se naquela noite os pais não têm como dar-lhe colo. Ele luta para dormir no que já se acostumou: o colo.
Um ponto muito importante que todos os humanos deveriam saber é: “Ninguém sente falta do que não conhece, mas arca com suas consequências”.
Todos sabem que lugar do bebê dormir é no berço e não no colo, mas como a maioria não sabe que o local do bebê adormecer também deve ser no berço, arcam com as conseqüências de um bebê que acaba atrapalhando o sono dos pais e muitas vezes até separando os cônjuges. Amor é muito bom, mas não resolve este problema das noites mal dormidas de todos na família. Não é errando que se aprende, mas sim corrigindo o erro.
Assim também muitos nãos dos pais não são obedecidos principalmente pelos filhos:
·    que percebem que o não pode ser transformado em sim;
·    que nada lhe acontece se não obedecer ao não e continuar fazendo o que queria;
·    que os pais num dia dizem sim e noutro, não;
·    que basta questioná-los que eles deixam quando os pais não têm respostas;
·    que a boca diz não, mas os olhos dizem sim;
·    que a palavra diz não, mas todo o comportamento diz sim;
·    que o agora não se transforma em daqui a pouco pode.

Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Pais e Educadores de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 28 livros


Fonte: educacao.uol

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Computador ainda não entrou na sala de aula brasileira


Levantamento nacional mostra que só 4% das escolas públicas nacionais contam com uma máquina em sala de aula

Para a escola pública brasileira, a tecnologia ainda é um desafio. Essa é a conclusão de pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br) que aponta que 100% das unidades possuem ao menos um computador e 92% delas têm acesso à internet. No entanto, apenas 4% possuem computadores instalados em sala de aula (88% instalaram a máquina na sala da coordenação) e 81% das unidades contam com laboratório de informática.
As escolas apresentam em média 23 computadores instalados, sendo 18 em funcionamento, a cada 800 alunos matriculados. Cerca de 50% das instituições afirmam ter uma pessoa contratada para trabalhar especificamente com a internet. Uma pesquisa divulgada há pouco pela OCDE, organização que reúne os países mais desenvolvidos do mundo, aponta que o Brasil possui a terceira pior taxa de computador por aluno.
A pesquisa revela que 18% dos professores usam internet na sala de aula. Em geral, são jovens e habituados a se relacionar com esse tecnologia fora do ambiente escolar. Escolas públicas localizadas na região Sul apresentam o maior índice de utilização das tecnologias pelo professor em atividades com alunos. Um exemplo é a atividade de “pesquisa de informações utilizando o computador e a internet”, praticada por 56% dos professores do Sul, enquanto o percentual do Brasil é de 44%.
A principal limitação para maior uso das tecnologias na escola está relacionada ao nível de conhecimento dos professores acerca dessas tecnologias. A maioria deles (64%) concorda que os alunos sabem mais sobre computador e internet do que os docentes. Para 75%, a principal fonte de apoio para o desenvolvimento de suas habilidades tecnológicas são os contatos informais com outros educadores. Na perspectiva do docente, ele depende principalmente de sua motivação pessoal e da ajuda dos colegas para desenvolver habilidades no uso de computador e da web.
Devido ao baixo envolvimento do professor com as tecnologias, as atividades que tomam mais tempo do professor - como aula expositiva, interpretação de texto e exercícios práticos e de fixação do conteúdo - utilizam muito pouco o computador e a internet. A rotina das salas de aula se apoia em práticas que mantêm o professor como figura central.
Na pesquisa amostral, foram estudadas 497 escolas públicas municipais e estaduais urbanas do país. Participaram do estudo 4.987 alunos, 1.541 professores, 428 coordenadores e 497 diretores de escolas. O objetivo da pesquisa foi identificar o uso e a apropriação da internet banda larga nas escolas públicas urbanas do país.
Fonte: veja.abril
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Aulas de português são disponibilizadas na Internet



Saiba tudo sobre gramática e tire suas dúvidas. Ao final, você pode testar os conhecimentos em exercícios sobre o assunto. 

Acesse: 

http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/gramatica.shtml


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